Oi aguarda R$ 3 bi de devolução de PIS/Cofins
Assim como a Telefônica e a TIM que já se beneficiaram por decisões do STF por conta da incidência do ICMS no cálculo do PIS/Cofins, a Oi também conta receber, e rápido, um valor em torno de R$ 3 bilhões. “Nossa ação ainda não foi julgada, mas como já teve resultados positivos para outras operadoras, acreditamos que vamos ter também ainda este ano”, afirmou o CFO da Oi, Carlos Brandão, em teleconferência de resultados realizada nesta quarta-feira, 14/11.
Na teleconferência, os executivos da Oi buscaram minimizar os efeitos do prejuízo de R$ 1, 3 bilhão registrado no 3º trimestre. O presidente da Oi, Eurico Teles, sustentou que 2018 está sendo um ano de entregas e todas as missões definidas na recuperação judicial estão sendo cumpridas nos prazos estabelecidos. O CFO da companhia, Carlos Brandão, acrescentou que a variação cambial teve reflexo no aumento da dívida. “Estamos olhando de perto as oportunidades para minimizar essas perdas cambiais por conta da oscilação do dólar”, observou.
Sobre o aumento de capital – previsto para ser de R$ 4 bilhões e que está agendado para a próxima semana – Brandão preferiu não fazer muitos comentários. Disse apenas que a operadora planeja terminar o ano com o valor de investimento definido na RJ: R$ 6,1 bilhões. Se for assim, a companhia terá de aportar R$ 2 bilhões nos últimos três meses do ano.
Do ponto de vista de infraestrutura, a Oi destaca os investimentos em FTTH – a companhia chegará a 25 cidades com infraestrutura – e os investimentos no refarming das frequências de 1,8 GHz e 2,1 GHz, usado para o 3G e, agora, destinado ao 4,5G. Segundo a Oi, quase 800 ERBs já foram atualizadas e a intenção é terminar o ano com 1000 ERBs adaptadas ao 4,5G.
Com relação ao PLC 79, que pode vir a ser aprovado em plenário no Senado Federal, a Oi foi comedida. Diz que a aprovação é essencial, mas que é preciso entender se as regras vão ser mudadas. Há questões como os bens reversíveis que precisam ser mais esclarecidos, destacou Carlos Brandão. A Oi também evitou comentar os rumores de consolidação no país. Os executivos da Oi preferiram também não falar sobre uma possível aquisição da Nextel pela TIM, como está sendo ventilada no mercado.