Oi avalia refarming de frequências para ter 5G
As redes de fibra óptica e de 5G se complementam e juntas oferecerão novas oportunidades de negócios, afirmou Mauro Fukuda, diretor de Tecnologia, Estratégia e Arquitetura de Rede da Oi. Ao apresentar soluções em 5G e fibra óptica, durante o Futurecom 2019, que acontece em São Paulo, o executivo explicou que a fibra óptica é essencial, pois aumenta a capacidade das redes. Segundo ele, 5G fixed wireless access (FWA) possibilita novos serviços e um universo de aplicações.
Em localidades aonde a fibra óptica não chega, as redes de 5G serão usadas para prover múltiplos serviços. De acordo com Mauro Fukuda, a Oi está trabalhando em arquiteturas para suportar a banda larga fixa via redes móveis de 5G e planeja lançar redes XGS-PON (também conhecidas como 10GPON) no primeiro semestre de 2020. “As redes 10GPON associadas à rede 5G potencializam um novo conjunto de aplicações e novos modelo de negócios”, disse.
Ele explicou que na associação de fibra ótica e 5G para prover banda larga, a telco coloca a fibra até a estação radiobase, que atenderá a população via 5G. “Assim antecipamos a chegada de banda larga na região antes de fibrá-la”, afirmou. Esta arquitetura já é possível de ser implantada em 4,5G, mas, segundo Fukuda, o 5G adiciona capacidades que não existem na tecnologia anterior, permitindo uma experiência de banda larga fixa em 5G.
Questionado por jornalistas se a Oi poderia usar suas faixas de frequências atuais para prover 5G, Fukuda sinalizou que sim. “Dá para pegar as frequências que temos e fazer refarming para 5G. São possibilidades”, sustentou.