Oi Fibra e Oi Soluções crescem, mas Oi registra prejuízo de R$ 1,26 bilhão
A Nova Oi apresentou receita líquida de R$ 2,2 bilhões no primeiro trimestre, um crescimento de 4,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O desempenho positivo foi alavancado pela performance dos serviços core, como a Oi Fibra, +20,8% A/A, com receita de R$ 1.103 bilhão, e a Oi Soluções,+12,9% A/A, com receita de R$ 701 milhões.
Mas houve uma queda da receita líquida consolidada da operação brasileira, de 42,9% contra o primeiro trimestre, foi uma consequência da conclusão das vendas das operações descontinuadas, que incluía o segmento de mobilidade e a UPI InfraCo, como previstas no Plano Estratégico de Transformação da Companhia. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 14/06.
De acordo com o balanço, a Oi Fibra apresentou 20,8% de crescimento ano contra ano, fechando o 1T23 com uma receita líquida de R$1,1 bilhão e mantendo o ritmo de expansão acelerado desde o seu lançamento há 5 anos, em 2018. Para a Oi, o crescimento das casas conectadas tem sido o principal motor desta performance da receita líquida. A Oi Fibra contabilizou 4 milhões de casas conectadas (HPs), um aumento de 13,2% no comparativo anual, e de 2,3% com dezembro do ano passado.
B2B
Colocada à venda na nova recuperação judicial, a Oi Soluções totalizou uma receita líquida de R$ 701 milhões, crescendo 12,9% A/A. Os serviços de TI responderam por 22,0% da receita desta unidade de negócios e o crescimento desta linha foi responsável pela sequência anual positiva no segmento.Atualmente, o segmento B2B está subdividido em 6 linhas de negócios (i) Legado; (ii) Comunicação unificada e colaboração; (iii) Tecnologias de rede baseadas em software (SD-WAN); (iv) Segurança; (v) Serviços gerenciados; (vi) Cloud; e (vii) Produtos digitais.
A despesa com pessoal apresentou um total de R$ 500 milhões, queda de 3,2% A/A e crescimento de 7,1% T/T. A redução anual nas despesas com pessoal foi explicada, principalmente, pela reestruturação no quadro de colaboradores da Companhia, que apresentou diminuição de 38,2% A/A no número total. A dinâmica de aumento de custos na comparação trimestral se deu pelo aumento de despesas com rescisão.
A Oi informa que fez uma redução de pessoal de 2,6 mil colaboradores, sendo 1,1 mil na Oi S.A. e os demais em subsidiárias. A comparação trimestral também foi parcialmente afetada pela migração dos custos com colaboradores, anteriormente alocados na operação de migração da móvel (itens não rotina), que passam a atuar em projetos relacionados à adequação da operação da Nova Oi.
A Oi encerrou o trimestre com caixa consolidado de R$1,8 bilhão, uma redução de 44% em relação ao trimestre anterior. A Oi registrou prejuízo de R$ 1,26 bilhão no primeiro trimestre de 2023. Um ano antes, ainda com ativos móveis e a Infraco no grupo, registrou lucro de R$ 1,26 bilhão. O valor subiu após resultados financeiros positivos à época devido a venda de ativos, como a fatia da Infraco e a unidade móvel.