Oi: Não há indícios que coloquem em risco o serviço prestado ao assinante
Em meio a uma série de notícias sobre a sua real situação – com uma Medida Provisória sendo desenhada pelo Governo e com críticas de credores ao ajuste feito no plano de Recuperação Judicial, a Oi lançou, nesta sexta-feira, 31/03, um comunicado ao mercado onde manda um recado aos que defendem a intervenção na operadora.
De acordo com o presidente da Oi, Marco Schroeder, “a companhia vê com naturalidade o acompanhamento que a Anatel tem feito sobre a situação da empresa, mas entende que as melhorias que vem registrando mostram que não há nada que coloque em risco o serviço que a companhia presta a seus clientes e à cadeia do setor de telecomunicações”.
No informe, a Oi assegura que a administração “está comprometida em garantir a sustentabilidade da companhia e os resultados positivos que têm sido obtidos demonstram a viabilidade da empresa e sua robustez operacional. A Oi vem desempenhando suas atividades normalmente e tem apresentado boa performance no negócio, registrando aumento na geração de caixa e crescimento no volume de investimentos em 2016, além de melhoria nos indicadores de qualidade e nos índices de satisfação dos clientes.”
Com relação aos credores, o presidente da Oi sinaliza que o compromisso é de garantir a sustentabilidade da empresa e assegura que há sucesso na missão. Schroeder volta a pedir que se viabilize, o quanto antes, um acordo entre acionistas e credores. É importante que as duas partes, entendendo suas responsabilidades, se engajem para alcançar a aprovação de um plano de Recuperação Judicial que fortaleça a Oi. Tenho certeza que há um interesse comum pelo bem da companhia e buscarei ser um facilitador do entendimento”, completa o presidente da Oi, Marco Schroeder.
Nesta quinta-feira, 31/03, a Oi informou ao mercado que trocou de auditoria externa para o triênio 2017-2019. A companhia relata que contratou a BDO RCS Auditores Independentes do Brasil em substituição à KPMG. Esta, entretanto, continuará a prestar serviços de auditoria externa internacional para a empresa no arquivamento de demonstrações financeiras na SEC.
No comunicado, encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários, a Oi esclarece ainda que a mudança ocorre pelo fim do prazo de cinco anos do contrato, de acordo com o art. 31 da ICVM 308/99. O encerramento dos serviços contou com parecer favorável do conselho fiscal e aprovação do conselho de administração da tele, bem como anuência da própria KPMG. Os trabalhos da BDO começarão já na revisão do balanço financeiro referente ao primeiro trimestre deste ano.
A semana foi de muitos rumores e notícias sobre a Oi. Começou com o governo antecipando, em parte, a Medida Provisória que está sendo costurada para tentar equalizar a situação da operadora, definida pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, como ‘necessária para dar mais segurança jurídica’.
A MP trataria, em especial, das multas aplicadas pela Anatel, avaliadas em R$ 20,2 bilhões, e que por terem alcançado o último grau de recurso, são entendidas pela Advocacia Geral da União como inegociáveis. Ao todo, são R$ 20,2 bilhões em multas. Mas sobre os R$ 8,7 bilhões ainda sob responsabilidade da Anatel estava indicado que haveria novos Termos de Ajustamento de Conduta.
O Jornal O Globo desta sexta-feira, 31/03, por sua vez, publicou que a Anatel teria encaminhado, formalmente, um ofício às rivais da Oi -Claro, TIM e Vivo – para saber o real uso das redes da Oi no compartilhamento de infraestrutura. Hoje, segundo a reportagem, a Oi oferece serviços para mais de 300 empresas. O Convergência Digital procurou à Anatel, mas a agência se recusa a falar sobre o assunto.
Leia a íntegra do comunicado da Oi:
A Oi informa que sua administração está comprometida em garantir a sustentabilidade da companhia e os resultados positivos que têm sido obtidos demonstram a viabilidade da empresa e sua robustez operacional. A Oi vem desempenhando suas atividades normalmente e tem apresentado boa performance no negócio, registrando aumento na geração de caixa e crescimento no volume de investimentos em 2016, além de melhoria nos indicadores de qualidade e nos índices de satisfação dos clientes. A companhia vê com naturalidade o acompanhamento que a Anatel tem feito sobre a situação da empresa, mas entende que as melhorias que vem registrando mostram que não há nada que coloque em risco o serviço que a companhia presta a seus clientes e à cadeia do setor de telecomunicações. “A gestão da Oi tem o compromisso de garantir a sustentabilidade da companhia e asseguro que estamos tendo sucesso nessa missão. É parte do nosso comprometimento também buscar intensamente e incansavelmente as alternativas possíveis para viabilizar o entendimento, o mais rapidamente possível, entre acionistas e credores, no sentido de se chegar a um acordo que assegure um ambiente positivo para o futuro da Oi. É importante que as duas partes, entendendo suas responsabilidades, se engajem para alcançar a aprovação de um plano de Recuperação Judicial que fortaleça a Oi. Tenho certeza que há um interesse comum pelo bem da companhia e buscarei ser um facilitador do entendimento”, afirma o presidente da Oi, Marco Schroeder.
*Com Anatel e agências de notícias