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Oi: Nova proposta de acordo reduz dívidas para R$ 10 bilhões

Em comunicado ao mercado nesta segunda, 30/1, a Oi informa que uma nova versão do plano de recuperação da operadora, a ser apresentado esta semana, tenta encolher o endividamento com os credores privados para R$ 10 bilhões – um corte de 70% nos cerca de R$ 35 bilhões que eles representam. Pela proposta, o valor, ou pelo menos parte dele, poderia ser transformado imediatamente em ações da empresa. 

“A administração vem se reunindo regularmente com credores, demais stakeholders da Companhia e potenciais investidores com vistas a reunir impressões, comentários e sugestões de melhoria ao plano de recuperação judicial”, reconhece a Oi no Comunicado. E explica: 

“Nestas conversas, uma das alternativas preliminares suscitadas seria a entrega imediata de ações (equity) aos credores, em condições que ainda não foram definidas, assim como tem sido abordados ajustes preliminares na oferta para os demais credores. Como referência meramente preliminar do valor do total de créditos destes credores, usa-se o valor de mercado de aproximadamente R$ 10 bilhões, tendo em vista o valor de mercado dos títulos e considerando o valor da empresa após a reestruturação da sua dívida.” 

Em princípio, a nova proposta converteria R$ 5 bilhões em ações da Oi, mas como indica no documento enviado à CVM, “em condições ainda não definidas”, ou seja, não está claro qual a fatia da empresa que seria transferida aos credores nessa nova tratativa. Na Bolsa de Valores, a Oi vale atualmente cerca de R$ 2,3 bilhões. 

Indagada pela CVM sobre o sobe desce de suas ações, e especialmente nos últimos dias – na sexta, 27/1, a variação foi de 19,3%, com um volume de negócios dez vezes superior ao início deste mesmo janeiro – a empresa associa a especulação a notícias sobre as negociações em curso. 


“Nos últimos dias foram veiculadas notícias especulando sobre potenciais alterações ao plano de recuperação judicial (…) Contrariamente às especulações, não há, até esta data, decisão definitiva com relação a qualquer alteração no plano de recuperação”, respondeu a Oi.

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