Telecom

Oi rechaça intervenção da Anatel e aposta em consolidação na fibra

O presidente da Oi, Rodrigo Abreu, aproveitou a apresentação de resultados da empresa no segundo trimestre, realizada nesta sexta, 11/8, para rechaçar perguntas de analistas sobre uma intervenção da Anatel na operadora. 

“Por dever de ofício, a agência tem que considerar todas as possiblidades. Mas isso não é uma indicação de que existe uma abertura, de que existe qualquer tipo de iminência ou de possibilidade de intervenção”, afirmou. 

O executivo reconheceu que a empresa ainda enfrenta desafios, continua em busca de um novo acordo com credores na segunda recuperação judicial e sofre com os custos dos negócios legados que não têm rentabilidade. 

Em resposta a analistas, Abreu disse que um acordo com os credores sobre a proposta apresentada na nova recuperação judicial demora mais que o previsto, mas que as negociações avançam. 

Ele também acredita em sucesso na mediação das tratativas com a Anatel, a ser entabulada pelo Tribunal de Contas da União, sobre o que entende como desequilíbrios econômicos da concessão. 


A apresentação de resultados destacou a evolução do que é chamado de Nova Oi, onde estão os negócios com fibra ótica e B2B. Considerado o que a empresa entende estratégico – portanto, sem a telefonia fixa ou a TV paga, à venda – as receitas cresceram 10,5%, para R$ 1,9 bilhão. 

As receitas totais foram de R$ 2,4 bilhões (queda de 11%). No todo, porém, o peso dos compromissos financeiros contribuiu para que o segundo trimestre tenha terminado com prejuízo de R$ 845 milhões. 

A fibra se destacou novamente no desempenho, com receitas de R$ 1,1 bilhão, 15,3% acima do registrado um ano antes. Com 60 mil novas adições no trimestre, a Oi fechou junho com 4,05 milhões de clientes, 10% a mais que há um ano. 

Segundo Abreu, o ritmo de adições está menos intenso, mas continua. E que haverá crescimento também pela própria consolidação do mercado, com fusões e aquisições de empresas menores. 

“O mercado se aqueceu muito inicialmente e levou a um nível de crescimento bastante alto. Mas esse crescimento foi reduzido pelo aumento de competitividade e pelo ambiente macro que está levando mais tempo para reagir e causou impacto em capacidade de consumo e novas aquisições, em inadimplência e churn”, disse. 

“De maneira geral, o mercado se estabiliza com tendência de fase mais madura, de crescimento mais rentável para as companhias. Temos visto vários movimentos de mercado, entendendo que escala vai ser, sem dúvida, um elemento importante para que todos os players de fibra continuem a operar. É natural a redução no número de players menores, que se consolidam, saem ou são adquiridos”, completou o presidente da Oi. 

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