Oi se reinventou mas ainda encara arbitragem, concessão e credores
O presidente da Oi, Rodrigo Abreu, comemorou o encerramento do processo de recuperação judicial como um marco importante para um novo momento da empresa. O bem sucedido processo de negociação, o fatiamento das operações e as vendas de ativos, bem como a reestruturação em torno de serviços digitais, significou, na prática, uma reinvenção da Oi.
“Com o fim do processo de recuperação judicial, após um período de seis anos, a companhia atinge um marco muito importante. Ao longo desse processo, passamos por diversas mudanças significativas, que envolveram a nossa reinvenção como empresa. Estruturamos e completamos com sucesso algumas das maiores e mais complexas operações de venda de ativos do país, incluindo a venda de nossa operação móvel e a criação da V.tal, que inaugurou no Brasil o modelo de separação estrutural da nossa infraestrutura de fibra ótica”, destacou Abreu.
“Segregamos as operações vendidas mantendo a atenção e cuidado com todos os nossos clientes. Iniciamos um processo de eficiência operacional e redução de custos extremamente importante para a nossa sustentabilidade, incluindo a simplificação da nossa estrutura e de nossos processos. Demos sequência a um processo de revisão e equacionamento de nossa concessão de telefonia fixa e operações legadas associadas, incluindo uma grande transformação operacional e também ações regulatórias e legais que tem o potencial de transformar a companhia com reduções de custos e obrigações imprescindíveis para a nossa viabilidade futura”, reforçou o executivo.
A viabilidade futura também mereceu atenção do presidente da Oi. Ele lembrou que ainda há passos cruciais para a sustentabilidade do grupo, notadamente o processo que envolve o fim das concessões e a migração desses contratos em regime público para autorizações de serviço em regime privado. “Daqui para a frente, iniciamos uma nova série de desafios bastante críticos, fundamentais para o nosso sucesso futuro”, reconheceu Abreu.
“É importante entender que ainda temos necessidades de resolver questões importantes relativas ao nosso futuro, incluindo o trabalho cada vez mais intenso para o crescimento de nossas operações e desenvolvimento de novas fontes de receita, a contínua busca pela eficiência e simplificação da empresa e redução de seus custos, o equacionamento definitivo da concessão e suas operações legadas, incluindo os processos de arbitragem relativa à insustentabilidade da concessão e de migração da mesma para o modelo de autorização, bem como a continuidade das negociações com nossos credores financeiros, visando a otimização do perfil de endividamento e a busca de sustentabilidade e viabilidade de longo prazo”, destacou o presidente da Oi.
O resultado que já merece festejos, completou Abreu, está na nova Oi. “Temos uma nova Oi, mais leve, que tem como estratégia a expansão da fibra ótica e dos serviços digitais, em linha com a tendência de crescimento da digitalização em todos os setores da economia. Vamos perseguir a visão de levar a companhia à liderança do mercado de conexões por fibra, com banda larga de altíssima velocidade, acompanhada de soluções digitais e de TI para pessoas e empresas em todo o Brasil. Com isso, seguiremos atuando em nossa missão de criar novos futuros, levando a vida digital para todos, e com certeza poderemos ajudar a construir uma Oi melhor para um Brasil mais conectado e com mais oportunidades.”