Operadoras reclamam que furto de cabos cresceu 14,5% em seis meses
No primeiro semestre de 2021 foram furtados ou roubados 2,3 milhões de metros de cabos de telecomunicações. Esse volume foi 14,5% maior que o registrado no primeiro semestre de 2020, quando foram furtados 2 milhões de metros de cabos. Os dados são das operadoras de telecomunicações.
Segundo o sinditado nacional das grandes teles, a Conexis, em todo o ano de 2020 foram 4,6 milhões de metros de cabos roubados ou furtados, o que já representara um aumento de 16% em relação ao que tinha sido registrado ao longo de 2019.
Segundo as empresas, isso causa prejuízo direto para os consumidores, que ficam sem acesso a serviços que se mostraram essenciais durante a pandemia, e para as empresas, que precisam repor esses equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade pública como polícia, bombeiros e emergências médicas.
Na projeção do mercado, em 2020 6,6 milhões de clientes que ficaram sem serviços em decorrência do roubo ou furto de cabos das redes de telecomunicações. A quantidade de clientes afetados em 2020 foi 34% maior do que o registrado em 2019, quando cerca de 5 milhões de usuários tiveram os serviços interrompidos.
O setor de telecomunicações defende uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal quanto os estaduais, e a aprovação de projetos de lei que aumentem as penas desses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas. O setor também defende a punição de empresas que compram equipamentos furtados ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as operadoras quando o serviço é interrompido em decorrência do crime.