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Para a Huawei, América Latina está pronta para o 5G

O 5G evolui mais rapidamente que as gerações anteriores, mas as redes 4G terão papel fundamental para a consolidação da nova infraestrutura móvel. Enquanto nas redes 3G o padrão foi fechado em 1999 e apenas em 2003 surgiram os primeiros aparelhos, no LTE foram apenas três anos para se fechar o padrão e seis anos para atingir a marca de 500 milhões de usuários. No 5G, bastou apenas um ano após a definição do padrão para surgir o primeiro aparelho.

“Em três anos, as redes 5G chegarão a 500 milhões de usuários de banda larga móvel aprimorada, o primeiro caso de uso. E, até o final do ano, haverá 60 aparelhos disponíveis”, resumiu He Mansheng, diretor de marketing 5G da Huawei. Com três apresentações no primeiro dia do 5G&LTE Forum Latim América, realizado no Rio de Janeiro, a empresa traçou a evolução da conectividade até chegarmos ao estágio atual de implementação do 5G.

Mansheng afirmou que a Huawei está pronta para o 5G com uma arquitetura fim a fim e infraestrutura de rede simplificada. “O 5G tem melhor desempenho em função do Massive Mimo e por ter um feixe menor, permitindo que todo usuário seja visto de maneira precisa. O Mimo também garante maior eficiência energética. A Huawei está pronta para fazer instalações 5G desde o primeiro dia. O equipamento 5G é um conjunto único que reduz em 65% o trabalho para instalação, em 35% o tempo de implementação e em 20% a necessidade de manutenção no site”, elencou Mancheng.

Bruno Alvarenga Martins Ribeiro, gerente de soluções wireless da Huawei, lembrou que não se pode esquecer dos negócios voltados para o 4G, uma vez que essa infraestrutura continuará a ter evoluções do padrão para suportar o aumento do tráfego após os refarming das redes 2G e 3G. A estratégia da fabricante chinesa é trazer a tecnologia do 5G para o LTE.

“Hoje todas as bandas de frequência estão evoluindo para o LTE. No futuro, essas frequências de 2G, 3G e 4G vão evoluir para o 5G seja com alocação dinâmica ou estática de espectro. As redes 2G e 3G não vão acabar totalmente, mas o tráfego será carregado em 5G. Todos os novos serviços que chegarão ao 5G precisarão de uma rede complexa. Como o 5G não tem conexão com 2G, a tendência é de que o 4G aumente o uso do VoLTE.  Além disso, o IoT vai chegar com mais serviços no LTE, além de vídeo 3k e 4k e FWTX”, analisou Ribeiro.


Ele destacou que, globalmente, os usuários estão migrando para LTE, cujas receitas crescem rapidamente. Para ele, até haver uma massificação do 5G, as operadoras e usuários ainda vão precisar muito do 4G. “5G é o novo rádio, mas não podemos esquecer que o padrão 4G vai continuar a evoluir, vai absorver a migração do espectro e os terminais estarão cada vez mais baratos. O LTE já está sendo considerada a rede primária”, sinalizou Ribeiro.

O executivo da Huawei Brasil explicou que para construir uma rede 4G parecida com o 5G, a Huawei tem três tecnologias: Smart Massive Mimo, que oferece de 3 a 5 vezes mais capacidade; SuperBand, que utiliza inteligência artificial para permitir uma largura de banda semelhante a do 5G; e multissetorização de sites existentes, para otimizar o uso da infraestrutura.

Marcelo Lima, gerente de marketing e vendas de soluções da Huawei, reforçou no painel que discutiu como a banda C pode acelerar a implementação do 5G na América Latina, que a Huawei está pronta para o 5G com uma oferta comercial completa e desenvolveu redes LTE que estejam preparadas para o 5G. Ele destacou que a banca C é uma faixa intermediária entre as faixas abaixo de 2 GHz que são úteis para ampliar a cobertura e as ondas milimétricas que terão uma implementação em hot spots.

“A faixa de 2 a 6 GHz é o melhor dos dois mundos pois vai garantir cobertura com técnicas de massive mimo e 20 vezes mais capacidade. O Brasil será um ‘seguidor’ de outros países e, por isso, é fundamental o alinhamento espectral com o resto do mundo”, concluiu Lima.

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