Para Anatel, faltou frequência baixa para novos entrantes no leilão do 5G
Em que pesem os elogios ao leilão do 5G no Brasil, a vida real já deixou lições para o regulador. Como destacou o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, ao participar nesta terça, 6/12, da 2ª edição do Tech Forum Latam, promovido pela Network Eventos, ficou claro que faz falta aos operadores regionais que compraram espectro para a quinta geração contar também com frequências mais baixas.
“A implementação do 5G no Brasil é um sucesso. Está tudo bem com as primeiras faixas, com 5G ‘stand alone’ em todas as capitais do Brasil e agora a partir de janeiro vamos começar a implementação nas cidades com mais de 500 mil habitantes, além daquelas ao redor para que toda a região metropolitana tenha acesso, ressaltou Baigorri. Mas ao dividir experiências com colegas da Colômbia e do Chile, ele reconheceu que o leilão deveria prever faixas regionais em 700 MHz também.
“Uma discussão muito grande aqui é a presença dos novos operadores de 5G, que são quatro empresa que compraram espectro em 3,5 GHz. Mas um grande desafio que elas enfrentam é a dificuldade de ser competitivo tendo apenas espectro em altas frequências”, disse o presidente da Anatel.
“Se pudéssemos voltar no tempo, poderíamos ter oferecido o bloco de 700 MHz no mesmo corte regional que essas empresas compraram em 3,5 GHz. Isso daria maior garantia de competição, porque os novos contariam com portfolio de espectro algo, em 3,5 GHz, como em baixo, 700 MHz. Infelizmente minha máquina do tempo não está funcionando e teremos que lidar com o que temos”, completou.