Para TIM, Anatel e Cade vão entender que Oi Móvel foi vendida para pagar dívida
Ao festejar números nesta terça, 26/10, o presidente da TIM, Pietro Labriola, apontou para o fim de 2021 como virada importante na troca de comando da empresa de fibras ópticas para o IHS, a realização do leilão do 5G e a conclusão dos trâmites regulatórios para o fatiamento da Oi Móvel entre as três líderes.
Esse último, destacou Labriola, passa pela conclusão, seja na análise concorrencial ou técnica, de que o negócio merece ser visto mais como uma operação de socorro. “Não é uma operação de compra, mas de venda de uma empresa que está em recuperação judicial. Isso é importante como explicação para todas as instituições, seja Anatel, seja Cade, na avaliação. Muda completamente se uma operadora compra outra, ou se uma operadora em falência é colocada à venda para pagar a dívida”, afirmou o presidente da TIM.
O presidente da TIM acredita que as aprovações virão até o fim do ano e ao apresentar os resultados trimestrais, informou que a alta de 5,5%, para R$ 897 milhões, nos investimentos no 3T21, é “explicado principalmente pelo avanço na preparação da infraestrutura da Companhia para integração dos ativos móveis da Oi”.
Sem detalhar como se dará a partilha dos clientes da Oi entre a própria TIM, a Vivo e a Claro, a empresa informa que seguirá recomendação da Anatel para que o processo seja transparente.
“Tem que garantir o máximo nível de transparência e de tutela dos consumidores na mudança para as operadoras Vivo, Claro e TIM, para garantir que tudo seja feito no máximo respeito à Lei. Ao mesmo tempo, outro elemento, é que cada um de nós vai competir com os outros. A TIM vai pegar cliente em um DDD, Vivo em outro, mas isso não quer dizer que não vamos competir em cada DDD. Esse é um mercado onde existe competição e na hora da migração dos clientes, todo mundo vai competir”, disse o presidente da TIM.