Parte dos controladores reage mal ao novo plano da Oi
Os atuais controladores da Oi não gostaram das condições propostas pelo presidente da operadora, Eurico Teles, no novo plano de recuperação e acordo para as dívidas que superam R$ 64 bilhões. Em especial, o entendimento é de que a conversão das dívidas em até 75% do capital constitui alienação de patrimônio sem autorização dos acionistas.
Nessa interpretação, há brechas para questionamentos, especialmente a ausência de autorização para diluições muito significativas no capital. Além disso, não teriam sido apresentados à 7a Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde corre a recuperação judicial da Oi, os documentos relativos ao aumento de capital em R$ 4 bilhões, como alinhado no novo plano.
O aporte, no entanto, faz parte da ‘Carta de Conforto’ subscrita por parte dos credores, na qual a Oi trata de um eventual compromisso pelo aumento de capital. Para os controladores da tele, no entanto, esse documento não traz garantias firmes de que haverá aporte. E ainda nesse ponto de vista, pode ampliar a diluição para além dos 75%, chegando até 90%.
Ao apresentar o novo plano, o presidente Eurico Teles sustentou que “como todos os acionistas podem participar do aumento de capital, a composição acionária final não será alterada caso todos acompanhem a subscrição”. Mas os controladores entendem que ao converter as dívidas em até 75% do capital da empresa, haverá um prêmio para especuladores e fundos ‘abutres’ que adquiriram dívidas da Oi com deságio de até 80% e que agora poderão se tornar os novos ‘donos’ da supertele nacional.