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Telecom

Preocupação com parabólicas não pode excluir Brasil do 5G

Na melhor tradição sobre a faixa de 3,5 GHz, as emissoras de televisão voltam a reclamar do tratamento dado pela Anatel para as antenas parabólicas, enquanto a agência promete carinho e atenção com o problema de interferência do uso dessa faixa pelas operadoras de telecom e a recepção de TV em mais de 8 milhões de domicílios brasileiros.

Nesta terça, 11/12, ao endereçar as queixas da radiodifusão na consulta pública sobre a faixa, o presidente da Anatel, Leonardo de Morais, ressaltou que as preocupações são legítimas e estão sendo endereçadas. Mas também defendeu que o Brasil se mantenha entre as primeiras nações na implementação da nova geração tecnológica da telefonia móvel, o 5G.

“Acho que é legitima a preocupação em resguardar a população que ainda tem como principal meio de entretenimento e lazer a TV aberta e que a recebe basicamente por esses sistemas de TVRO. Mas isso não pode contradizer ou ser excludente com o objetivo de o Brasil estar na vanguarda do processo do 5G”, afirmou Morais, que participou de seminário promovido pelo Portal Telesíntese.

Na discussão sobre a destinação da faixa de 3,5 GHz, recém encerrada, as emissoras de TV, conforme manifestação da Abert, reclamam de “equívocos e omissões nos documentos que embasam a Consulta Pública” e acusam “um movimento técnico, contrário ao tratamento político, favorável à não proteção das TVROs que constituem a planta instalada que, sabidamente, tem problemas de qualidade”.

Para Morais, “a A Anatel tem feito um trabalho bastante diligente”. “Temos o primeiro sistema instalado nas Américas de 5G Rooftop no padrão stand alone após o release 15, com core totalmente 5G, para testes. O segundo do mundo. Isso é muito revelador da preocupação com as TVROs. As preocupações estão muito contempladas”, insistiu o presidente da Anatel.


Ainda segundo ele, a licitação prevista para o segundo semestre do próximo ano pode ficar para 2020. “A formatação do edital ainda é um processo que nem começou e dar-se-á mais adiante. Evidentemente que existe uma questão que impacta o cronograma que é a existência de um ecossistema maduro para o 5G. Hoje não existem devices operando em 5G. Então, acredito que esse ecossistema estará maduro ali pelo começo do próximo semestre do ano que vem. Em a Anatel realizado a licitação no final de 2019 ou começo de 2020, vamos estar no timing adequado para endereçar essa discussão.”

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