Telecom

Procon notifica Google e teles sobre bloqueio à Huawei. Fabricante nega qualquer restrição no Brasil

O Procon de São Paulo – antes mesmo que se tenha um fato concreto sobre a questão google/Huawei – uma vez que as sanções foram prorrogadas por 90 dias pelo governo dos Estados Unidos-  notificou nesta quinta-feira, 30/5, as principais operadoras móveis do país, além de grupos varejistas e a própria Google para pedir esclarecimentos sobre quais serão os impactos aos consumidores do bloqueio comercial americano contra a chinesa Huawei e especialmente a adesão da dona do sistema operacional Android à medida.

“O Procon-SP pediu que as empresas expliquem em detalhe o fato noticiado, bem como as implicações aos consumidores que se utilizam deste sistema operacional por meio dos aparelhos da empresa Huawei”, informa a Fundação Procon.

Em nota oficial, divulgada depois do comunicado do Procon, a Huawei Brasil enfatiza que  “Todos os smartphones existentes no portfolio da Huawei, ou seja, aqueles que já foram vendidos e aqueles que estão atualmente à venda e em estoque, inclusive o P30 Pro e o P30 lite, podem ser usados normalmente e não serão afetados. Além disso, esses dispositivos podem continuar a usar e atualizar serviços do Google, como o Google Play, o Gmail, etc. Da mesma forma, esses produtos continuarão recebendo atualizações dos patches de segurança do Google e poderão atualizar, sem nenhum problema, todos os aplicativos disponíveis no Google Play, incluindo todos os aplicativos de terceiros.”

Além da própria Huawei e da Google, diretamente envolvidas na guerra comercial dos governos, mas que ainda mantém suas relações, uma vez que a suspensão foi adiada por 90 dias, foram expedidas notificações pelo Procon São Paulo para Vivo, Claro, Tim, Oi e Nextel, além das redes varejistas que também revendem celulares B2W (Submarino, Shoptime, Americanas), GPA (Extra, Casas Bahia, Assaí), Magazine Luiza, Walmert, Fast Shop e Carrefour.

Segundo o Procon, foram solicitados também esclarecimentos sobre quais serão as restrições de sistema impostas aos usuários da plataforma Android que adquiriram aparelhos da fabricante chinesa, se haverá limitação de acesso a aplicativos de propriedade do Google.  O Procon também quer saber se será adotada alguma providência de ressarcimento a quem adquiriu este aparelho com a expectativa de utilização plena da plataforma e aplicativos Google e quais as garantias podem ser ofertadas ao consumidor quanto ao uso e atualização do serviço.


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