Telecom

Refarming vai trazer 5G antes do leilão da Anatel, diz Rodrigo Abreu, da Oi

O Brasil só terá 5G de verdade se fizer uma massificação efetiva da fibra ótica, advertiu o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, ao participar de debate, conduzido por Amos Genish, head de inovação do BTG Pactual Digital, nesta terça-feira, 07/07. Abreu lembrou que a Oi é a operadora com maior presença com fibra, cerca de 2000 municípios, mas tem serviço efetivo em pouco mais de 100 cidades.

“No total, talvez existam 300 ou 400 cidades com infraestrutura ótica na casa do cliente. É pouco, muito pouco. Temos é verdade os provedores internet que fazem um trabalho de interiorização, mas com velocidades menores de conexão. O Brasil não se resume a São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. Sem fibra ótica, não haverá 5G, mesmo com leilão de frequências”, adicionou Abreu.

Indagado por Amos Genish, que é o head de inovação do BTG Pactual Digital e ex-presidente da Vivo e da GVT, se o Brasil estava atrasado com o processo do 5G, o CEO da Oi sustentou que se há atraso, ele pode ser recuperado mais à frente até porque as aplicações dependentes do 5G também estão incipientes. Mas Abreu advertiu: o leilão não pode deixar de acontecer em 2021. Mas o leilão não será ponto de partida para o 5G no Brasil: ele chegará com o refarming das frequências disponíveis.

“Não há mais espaço para adiamento. Acabou o prazo, mas também é certo que o 5G vai chegar antes. Todas as teles estão correndo para fazer o melhor uso das frequências. O 5G terá uma escala gradual, para poucos usuários finais, por conta dos terminais. A grande aplicação será IoT para empresas. 5G será uma aplicação B2B numa etapa inicial”, completou o CEO da Oi.


Botão Voltar ao topo