Remessas de smartphones crescem 9% na AL
As remessas de smartphones para a América Latina aumentaram 9% na comparação anual, e 8% na comparação do segundo trimestre de 2022 com os três meses anteriores. Os dados são do Market Monitor da Counterpoint Research. O crescimento veio apesar das crises econômicas regionais e das fracas remessas globais de aoarelhos. A Argentina liderou a região com um crescimento de 32% a/a, seguida pelo México e Colômbia. As remessas e a participação de mercado da Samsung atingiram recordes históricos durante o trimestre.
Comentando sobre a dinâmica do mercado, a analista principal Tina Lu disse: “Os embarques da Samsung, Xiaomi e Apple cresceram ano a ano no mercado latinoamericano. Essas marcas conseguiram compensar a perda registrada por outras marcas nos números gerais de embarques da América Latina. Mas as remessas não corresponderam à demanda do consumidor, resultando em um estoque recorde, especialmente para a Samsung e, em menor grau, para a Xiaomi.”
A Samsung ampliou a liderança ao atingir uma participação de mercado de 43,5% no segundo trimestre de 2022, 8,7 pontos percentuais acima do registrado um ano antes. A Counterpoint observa que o desempenho da marca decorreu em grande parte de ser uma das poucas que conseguiu resolver ou melhorar significativamente problemas em sua cadeia de suprimentos.
No entanto, também alerta que a Samsung reportou alguma fraqueza nas vendas diretas no período, resultando em estoques elevados, principalmente em aparelhos de gama média e alta.
No caso da Motorola, que terminou com uma quota de 19,6 por cento, depois de cair 1,3 pontos percentuais no ano passado, a Counterpoint observa que a marca continua a ser afetada por problemas na cadeia de abastecimento, embora tenha conseguido reportar um aumento. lançamento de novos modelos low-end.
A Xiaomi, que ficou em terceiro lugar com 14% de market share no segundo trimestre, manteve a tendência de crescimento, com preços muito agressivos para a série Note, como o modelo Redmi Note 11. Precisamente, o consultor destaca que a marca The Redmi contribui com 91 por cento do volume do fabricante na América Latina.
Lu acrescentou: “O estoque foi especialmente alto nas faixas de preço mais altas. As remessas na faixa de preço de US$ 250 e acima mais que dobraram em relação ao ano anterior. A crise econômica não permitiu que a demanda do consumidor fosse tão alta quanto as expectativas dos OEMs. Além disso, em termos de rotação de produtos, muitos lojistas e operadoras ofereciam prazos de pagamento mais longos, de até 24 vezes. O 5G ainda não é amplamente exigido na região. A maioria dos dispositivos 5G são do segmento high-end.”
O analista de pesquisa Andres Silva disse: “O segundo trimestre geralmente é o segundo maior trimestre do ano em termos de sazonalidade, pois inclui o Dia das Mães e o Dia dos Pais na maioria dos mercados. Ambos os festivais têm vendas promocionais importantes. Este ano também, os OEMs tiveram promoções para oferecer, como a Xiaomi teve o ‘Xiaomi Day’, onde a maioria dos modelos teve descontos de dois dígitos. A Colômbia também teve o “Dia sin IVA”, um dia livre de IVA. Embora tenha sido apenas por um dia, acelerou o mercado até certo ponto”.