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Roseiro, Huawei: 5G está indo muito bem, mas 5,5G está pronto e bate à porta

O 5G é B2B, mas também é B2C, faz questão de frisar o diretor de Marketing ICT da Huawei, Carlos Roseiro. Segundo ele, o 5G está indo muito bem no Brasil com os 13% de Market share em dois anos.

” O Brasil levou 10 trimestres para chegar a 10%, o México levou 12 trimestres, o Reino Unido levou nove trimestres, mas eles têm 55 milhões de habitantes. Eles colocaram 5 milhões no 5G em nove trimestres. O Brasil colocou 20 milhões em 10 trimestres. A experiência do cliente melhorou muito. As teles já contabilizam resultados, antes no 4G, a média de crescimento era de 5%, agora está de 9% a 10%”, observa Roseiro.

Ao CDCast, do portal Convergência Digital, Roseiro diz que o Brasil ainda tem muitas oportunidades. “São apenas dois anos e há muito por crescer nas capitais e no interior, onde precisamos de mais conectividade”, diz. Do ponto de vista de monetização, o executivo da Huawei diz que, em breve, o país terá a monetização por experiência, já realidade na Europa e na Ásia.

“Já temos pacotes de 20, 30 gigabits de consumo de dados, mas vamos ter pacotes voltados para a qualidade do serviço, ou a garantia do acesso, onde se paga mais para ter a conexão, como num estádio de futebol. Tecnologia já existe e está em uso, aqui estamos conversando, mas dependemos das teles”, conta.

O mercado brasileiro passa ainda, observa Roseiro, pela transformação do negócio das operadoras, quando elas deixam de ser apenas teles para se tornarem TechCo, ou empresas de tecnologia. “Tem algumas mais adiantadas, outras menos, mas esse é o caminho. Há muitas aplicações por vir, e aqui vamos falar do B2B, como nos portos e em outras verticais, que as teles terão de ser integradoras. A Huawei não é e não será integradora. A Huawei é fornecedora de tecnologia de TI e de rede. Quem vai fazer essa integração são as teles, mas há empresas grandes também querendo fazer esse papel”, detalha.


Uma das maiores apostas da Huawei é a era do 10 gigabits na banda larga móvel e na banda larga fixa, aqui com o Wi-Fi 7 desembarcando também no país. E o recado da fornecedora é claro: o 5,5G está pronto e bate à porta. Mas o ritmo de avanço é das teles. “O volume de consumo de dados e o número de conexões não param de crescer. Vamos precisar de muita capacidade. o 5,5G não é apenas para a internet das pessoas, ele é para a internet dos veículos – os carros elétricos estão chegando com muita força e são todos conectados – e internet das máquinas. A rede atual não suportará toda essa demanda”, antecipa.

Roseiro, porém, admite que faltam smartphones para o 5,5G e Wi-Fi 7, mas diz acreditar que já a partir de 2025 eles estarão disponíveis, se as operadoras nacionais mostrarem disposição de investir. Assista a entrevista com o diretor de Marketing ICT da Huawei Brasil, Carlos Roseiro.

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