Telecom

Se Anatel quiser, redes privadas não precisam esperar o leilão 5G

As redes privadas em 5G – há muitos pilotos em andamento no Brasil, entre eles, o da Neoenergia – não teriam necessidade de esperar o leilão do 5G, agora, previsto para o começo de 2021, mas ainda sob várias interrogações por conta da questão das interferências na faixa de 3,5GHz e do embate geopolítico mundial entre China e Estados Unidos. Para o VP da Qualcomm, Francisco Soares, as redes privadas têm suas frequências pré-determinadas – 100 Mhz em 3,5GHz e 400 MHz na faixa de 27GHz.

“A Anatel fez um bom trabalho nesse processo de distribuição de frequências. Se quiser liberar para as redes privadas não precisa do leilão e teríamos uma avanço”, reforçou Soares, em coletiva de imprensa virtual realizada pela Qualcomm nesta quinta-feira, 06/08, sobre as ondas milimétricas e o 5G. Hélio Oyama, executivo da Qualcomm, reforçou que o 5G em onda milimétrica será o ‘verdadeiro’ 5G. E já há aplicações efetivas que poderiam ser utilizadas, como levar conexão aos estádios de futebol.

“Estamos na pandemia, mas um dos lugares mais complexos para ter um bom sinal por conta da grande quantidade de compartilhamento de imagem. O 5G em onda milimétrica resolveria toda a questão”, exemplificou. A Qualcomm assegura que já há equipamentos disponíveis e homologados para a prestação de serviços. Oyama enfatizou que o 5G acontecerá, de verdade, nas ondas milimétricas.

“O 4G tem largura de banda de 20MHz. No 5G, isso pode chegar a 800 Mhz. Se formos pensar nas velocidades, o 5G na onda milimétrica, com uma largura de banda de 400 MHz, chegaria a 1 Gbps e na faixa de sub6, a média ficaria em 225 Mbps. A evolução é gritante. O DSS, usado pelas teles, não chega a tanto”, completa o executivo da Qualcomm. Do ponto de vista econômico, a Qualcomm reiterou o impacto social e de desenvolvimento do 5G. Os números fornecidos apontam que o 5G trará, até 2035, um benefício de mais de 13 trilhões de dólares em produtos e serviços.


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