Telecom

Seis anos depois, acaba a recuperação judicial da Oi

Seis anos depois, nesta quarta-feira, 14/12, acabou a recuperação judicial da Oi, que já foi a maior do Brasil. A decisão foi tomada pelo juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Segundo o magistrado, o encerramento da recuperação judicial não implica qualquer prejuízo aos credores.

A Oi deu entrada em seu pedido de recuperação judicial em 20 de junho de 2016, após fracassarem as negociações com credores para reestruturar sua dívida, que somava R$ 65,38 bilhões. O pedido foi aceito pela Justiça em 29 de junho.

Pouco mais de seis anos depois, em setembro de 2022, a dívida bruta da operadora está quase três vezes menor: R$ 21,92 bilhões. Isso porque a operadora se desfez de vários ativos como datacenters; torres e a operação móvel, que está, agora, em fase de arbitragem por conta da contestação do pagamento de R$ 3,2 bilhões, feita por parte dos compradores Vivo, TIM e Claro. A venda da Oi Móvel ficou em R$ 16,5 bilhões.

A justiça do Rio assegurou que todas as obrigações da tele carioca foram cumpridas. Somente o processo principal contou com quase 600 mil folhas. A Oi contou com 800 mil ações judiciais espalhadas pelo país, 50 mil incidentes processuais e 20 mil mediações com abrangência nacional e internacional.

“Com o encerramento da recuperação judicial, e composição de seu bilionário endividamento, a Nova Oi, focada em modernos serviços digitais, com perspectiva de ser importante gerador de caixa e de empregos, de relevante atuação social – situação diametralmente oposta quando do ingresso da recuperação, quando a dívida acumulou o vertiginoso patamar de 65 bilhões de reais”, afirmou Viana. Medida será comunicada ainda ao CADE e à Anatel.


*Com Valor Online e Jornal O Globo

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