Sem móvel, Oi quer ser provedor de Open RAN na infraestrutura
Em transformação, com a venda da operação móvel e foco maior como fornecedor de infraestrutura, a Oi acompanha o desenvolvimento do Open RAN como oportunidade de negócios. Mas como destaca o diretor de Estratégia, Tecnologia e Arquitetura de Rede da operadora, Mauro Fukuda, a nova onda ainda precisa ganhar confiança das empresas para ganhar momento.
“Estamos criando uma estrutura de rede neutra. E estamos olhando a evolução da infraestrutura para suportar especialmente as redes 5G. Temos que olhar para frente. E as operadoras, para montarem uma rede Open RAN, vão ter que adequar sua estrutura para suportar essa nova tecnologia. A Oi, portanto, pode ser um provedor de infraestrutura para suportar o Open RAN”, disse Fukuda ao participar do e-Fórum Open RAN, realizado pela Network Eventos, em parceria com o Convergência Digital.
“A Oi está em um processo de mudança. Mas independentemente da criação da ClientCo, da InfraCo, estamos vendo a tecnologia como um todo. E o Open RAN pode estar suportando essas nossas unidades, suportando serviços de atendimento à redes privadas. Por outro lado, a InfraCo pode utilizar a tecnologia para fornecer infraestrutura de suporte, não só para suportar necessidades de ClientCo, mas também fornecer infraestrutura com o serviço para os diversos atores de serviços móveis.”
Para o executivo, “o maior desafio é ainda a maturidade das soluções. Tem grande potencial, mas ainda precisa se provar. Soluções totalmente abertas, especialmente no caso de RAN, são funcionalidades altamente sensíveis à latência, throughput, por mais que se esteja desencadeando um sistema baseado em software. É ver se temos condições de fazer atendimento nas mesmas condições de performance, de segurança com relação à solução proprietária, fechada”. O caminho, no entanto, é sem volta.
“É o futuro. Não tenho dúvidas de que isso vai caminhar para todas as operadoras adotarem, porque é a solução que vai realmente ser fundamental para a flexibilidade das redes. O principal desafio, assim, é as operadoras terem segurança para implantar esse tipo de solução em suas redes, porque vai exigir mudanças operacionais, capacitação de pessoas, maturidade.”