Senacon quer que agências reguladoras concentrem queixas no Consumidor.gov
A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça quer que as agências reguladoras concentrem os canais de reclamações na plataforma Consumidor.gov. O principal trunfo, defendeu nesta sexta, 15/3, o secretário Luciano Timm, é a alta taxa de resolução de conflitos do canal.
“A gente está em conversas para que as agências reguladoras também sejam parceiras, para que a gente invista em apenas um canal de reclamação, para facilitar a vida do consumidor. A Anac já fez isso. Hoje o canal da Anac é o Consumidor.gov, mas queremos que Aneel, entre outras, adotem”, afirmou Timm ao abrir seminário sobre o tema neste Dia do Consumidor.
Segundo ele, desde que o Consumidor.gov foi criado, em 2014, já atendeu 1,5 milhão de reclamações, em crescimento contínuo – foram 37 mil naquele ano, 609 mil em 2018. “O número aumentou, mas a taxa de resolução se manteve em 80%”, insistiu Luciano Timm. No ano passado, o setor de telecomunicações se manteve o mais reclamado junto aos Procons e na ferramenta online, com 460 mil queixas.
O secretário nacional do consumidor destacou a mudança no perfil das relações ao longo dos anos, com indústrias dando lugar a empresas de tecnologia e da internet. “Hoje, Google, Apple, Microsoft, Amazon e Facebook é onde está a grande defesa do consumidor no século 21. E se as empresas são tecnológicas, porque não apostar em métodos também tecnológicos para a Justiça e para a mediação e arbitragem?”, indaga Luciano Timm.