Telecom

Serviços B2B chegam a R$ 2,5 bilhões na Vivo

Os serviços B2B ganham cada vez mais presença no balanço financeiro da Vivo. Em teleconferência de resultados do terceiro trimestre, realizada nesta quarta-feira, 26/10, o CEO da operadora, Christian Gebara, revelou que o mercado corporativo, ou B2B, ficou cada vez mais estratégico a partir da oferta de serviços como cybersegurança, cloud computing e Internet das Coisas. Em 12 meses, o B2B pulou de R4 1,9 bilhão para R$ 2,5 bilhões. A Vivo prevê investir R$ 9 bilhões até dezembro no mercado brasileiro.

“O B2B tem tido um papel muito relevante na nossa estratégia e fomos às compras, como fizemos com a VITA, integradora de TI, que já se chama Vivo Vita, que foi comprada por R$ 120 milhões e já gera receitas de R$ 100 milhões”, observou Gebara.

Outra área de destaque no balanço foi o incremento na concessão de crédito ao assinante, o Vivo Money. Em setembro, a Vivo disponibilizou R$ 160 milhões. Em junho, foram R$ 85 milhões e em março, R$ 50 milhões. “O Vivo Money está crescendo muito, tanto em crédito, quanto em contas. Podemos escalar a base e os tipos de serviços financeiros. Vamos começar com a oferta de crédito para aquisição de smartphones e notebooks pela Vivo, área em que já tivemos um piloto bem sucedido”, pontuou.

Com relação ao 5G, Gebara disse que, nesse momento inicial, não houve alteração na venda de pacotes ao consumidor, mas a Vivo sustenta que o consumo de dados para quem tem o 5G aumenta em torno de 50%. O executivo admitiu que a redução do ICMS, sim, traz novas possibilidades. O CEO da Vivo diz que ainda está implementando a redução do tributo em todos os serviços e segmentos. “Não é uma operação simples. Mas acreditamos que a redução de preços nos facilita a troca de planos com o consumo de mais dados pelo assinante”, adicionou.

Balanço financeiro


A Vivo apresentou balanço financeiro do terceiro trimestre apontando lucro líquido de R$ 1,436 bilhão no intervalo (alta de 9,3% em um ano). Já a receita líquida da operadora subiu 10,6% e acima da inflação, para R$ 12,199 bilhões entre julho e setembro de 2022. Ao fim do período, a empresa somava 97 milhões de acessos móveis, sendo 57,5 milhões deles pós-pagos e após a desconexão de 3 milhões de usuários adquiridos da Oi. A “limpeza” gerou queda de 2 milhões de clientes na base frente ao segundo trimestre.

Ainda assim, os clientes móveis cresceram 18% em um ano. No terceiro trimestre, a receita do segmento móvel avançou 14,7%, para R$ 8,480 bilhões. Altas de 25,9% na venda de aparelhos e 21,5% no segmento pré-pago ajudaram o movimento.

Já no mercado de fibra óptica, foram 5,3 milhões de casas conectadas (HCs) ao fim de setembro, em alta de 21,1% em um ano. As casas passadas com fibra (HPs) somaram 22,3 milhões. A Vivo tem fibra até a residência (FTTH) em 380 cidades. Como um todo, o segmento fixo da Vivo teve receita de R$ 3,719 bilhões, em alta de 2,1%. O número foi pressionado pelas receitas de serviços “não-core” (voz fixa, xDSL e DTH), que caíram 17,7%, enquanto as verticais consideradas estratégicas cresceram 11,2%, para R$ 2,776 bilhões.

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