Serviços financeiros digitais exigem ética rígida com privacidade de dados
Empresas consumidoras ou geradoras de dados têm de seguir princípios éticos rígidos na questão da privacidade, uma vez que lidam com informações das pessoas para fazer negócios, sustentou o presidente do CaixaBank, José Ignacio Goirigolzarri, ao participar do MWC 2022, nesta quarta-feira, 02/03, em Barcelona.
Segundo ele, a digitalização dos serviços, em especial, o financeiro, reduziu as barreiras de entrada e trouxe mais competição. “Concorrência é sempre muito bom para qualquer setor porque impõe a obrigação de inovar”, reforçou.
Goirigozarri defendeu, porém, que é preciso ter uma arbitragem regulatória firme, para impedir a insegurança jurídica e a uma instabilidade no ecossistema. “Mas temos de ter regulamentações consistentes para todos os players do setor até para termos condições iguais”, referindo-se às fintechs.
Para José Goirigolzarri, o maior desafio para um gerente de banco é o impacto da mudança de hábitos dos clientes, uma vez que eles não são homogêneos. Por exemplo, 85% dos clientes na faixa dos 30 anos usam apenas serviços bancários online, enquanto apenas 25% daqueles com mais de 70 anos o fazem. “Está se tornando mais complexo gerenciar essas diferenças, porque esses segmentos não são estáticos, mas mudam ao longo do tempo, nos obrigando a nos adaptar continuamente”, reforça.