Telecom e TI derrubam setor de serviços em fevereiro
Em fevereiro de 2020, o volume de serviços no Brasil caiu 1,0% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. Esse foi o resultado negativo mais intenso desde julho de 2018 (-3,1%). No acumulado no ano houve alta de 1,2% frente a igual período do ano anterior. O acumulado nos últimos doze meses avançou 0,7% em fevereiro de 2020 e mostrou perda de ritmo frente a janeiro (1,0%).
A retração de 1,0% do volume de serviços, observada na passagem de janeiro para fevereiro de 2020, foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para os recuos vindos de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,9%) e de informação e comunicação (-0,5%), com o primeiro acumulando uma perda de 3,0% nos últimos três meses; e o segundo registrando queda de 1,3% nos dois meses iniciais de 2020. O outro setor que também apontou resultado negativo em fevereiro foram os serviços prestados às famílias (-0,1%), após terem avançado em janeiro (0,5%).
Na média trimestral, os dois únicos resultados negativos vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%) e dos serviços de informação e comunicação (-0,4%), com o primeiro intensificando o ritmo de queda frente a dezembro de 2019 (-0,6%) e a janeiro de 2020 (-0,7%); e o segundo repetindo o recuo de mesma magnitude verificado em janeiro (-0,4%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do setor de serviços avançou 0,7% em fevereiro de 2020, mas novamente os de informação e comunicação (-0,4%) exerceram uma das principais influências negativas nesse mês, pressionados, em grande parte, pela menor receita das empresas de consultoria em tecnologia da informação; programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura; e telecomunicações.
No acumulado do primeiro bimestre de 2020, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 1,2% e nesse caso houve algum crescimento dos serviços de informação e comunicação (0,8%), explicado, em grande medida, pelas maiores receitas auferidas pelas empresas dos ramos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; atividades de TV aberta; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e de hospedagem na Internet.