Telefônica insiste em TAC, ainda que reduzido
O presidente da Telefônica, Eduardo Navarro, voltou a defender nesta quarta, 25/4, em teleconferência de resultados, a aprovação do acordo de troca de multas pela Anatel, ainda que em escopo reduzido. Ao apresentar os resultados da empresa no primeiro trimestre deste 2018, o executivo sustentou que o instrumento dos Termos de Ajustamento de Conduta deve ser aproveitado.
“Mantemos nossa posição achando que o TAC é um instrumento válido e seria uma pena o país perder essa possibilidade. Falamos em um TAC mais limitado. Não é um novo TAC. Mas dentro do que está sendo discutido, talvez fazer um TAC menos ambicioso em relação às multas”, afirmou Navarro.
A empresa já indicara a intenção de um acordo menor assim que a Anatel começou a retirar parte das multas aplicadas de dentro do acordo que estava sendo negociado, uma vez que se aproximaram as datas de caducidade de parte das sanções. Inicialmente, o TAC transformava cerca de R$ 3 bilhões em multas em compromissos de investimento que poderiam chegar a R$ 5,5 bilhões. Mas pelo menos R$ 400 milhões já ‘saíram’ do acordo.
A Anatel chegou a se manifestar contrariamente ao andamento das tratativas diante da decisão da Telefônica de alterar termos que vinham sendo negociados. Ainda assim, a busca pelo mencionado entendimento reduzido continua. E o Conselho Diretor da agência marou para este mesmo 25/4 uma reunião para definir o destino do TAC – até porque precisa dar uma resposta final ao Tribunal de Contas da União até o início de maio.
A indefinição do acordo sobre as multas, no entanto, em nada afetou o desempenho da operadora entre janeiro e março. No período, a Telefônica teve lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, 8,3% superior aos R$ 996,2 milhões registrados no mesmo período de 2017. A receita operacional líquida, nesta mesma comparação, cresceu 1,6%, passando de R$ 10,6 bilhões para R$ 10,7 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização cresceu 7,2%, para R$ 3,7 bilhões. A margem Ebitda avançou 1,8 ponto percentual, para 35%.