Teles afirmam desconhecer o uso de software espião pela Abin
As operadoras móveis nacionais brasileiras rebateram, por notas oficiais, a reportagem publicada nesta quarta-feira, 31/01, pelo jornal Folha de S.Paulo. As teles sustentam que só souberam dos ataques após notícias na imprensa em março de 2023 e que tomaram as medidas cabíveis à época, como informar a Anatel.
A agência reguladora abriu processos para investigar o envolvimento das operadoras Vivo, Claro e TIM na espionagem de celulares pela ABIN, com o uso do programa First Mile, conforme identificado pela Polícia Federal. Na nota oficial da Anatel, a agência lembra que não houve acordos entre ABIN e teles e que as empresas, ao contrário, implementaram soluções tecnológicas para bloquear as invasões.
Abaixo, o posicionamento oficial da Claro, TIM e Vivo.
Claro
“A Claro informa que não teve qualquer conhecimento sobre a utilização de sistema de monitoramento de localização de usuários de telecomunicações, até que as notícias se tornassem públicas. A operadora passou esta mesma resposta à Anatel em ofício em abril de 2023.
A Claro reforça que investe constantemente em políticas e procedimentos de segurança, sempre em linha com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Regulamento de Segurança Cibernética e toda a legislação vigente, a fim de proteger suas redes e a segurança dos seus clientes.”
TIM
“A TIM esclarece que apenas tomou conhecimento sobre a utilização da ferramenta de monitoramento após as notícias veiculadas pela mídia. Além disso, o fato foi informado à Anatel, por meio de manifestação, em abril do ano passado, ressaltando que não sofreu nenhuma invasão ou vazamento de dados.
A operadora reforça seu compromisso com a privacidade dos clientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), destacando medidas contínuas para mitigar eventuais vulnerabilidades trazidas pelo tipo de dispositivo destacado nas matérias desde 2019. A empresa está à disposição da Anatel para esclarecimentos adicionais, evidenciando sua postura sempre proativa na proteção da privacidade dos usuários e na segurança da rede.”
Vivo
“A Vivo reforça que não teve conhecimento sobre a utilização do software citado pelas reportagens até que as investigações fossem publicadas na mídia. Em abril de 2023, a empresa prestou este esclarecimento para a Anatel. A empresa esclarece que investe, de forma contínua, em diversas tecnologias de segurança e prevenção a fraudes para a proteção de seus clientes”.