Telecom

TIM ativa rede comercial de Internet das Coisas em 700 Mhz

A TIM é a primeira operadora móvel no Brasil a anunciar a opção comercial da funcionalidade NB-IoT na rede 4G em 700 MHz. A primeira cidade a ter acesso à plataforma é Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, onde há um projeto com a Inatel e com a Ericsson para a oferta de serviços de cidades inteligentes. Mas, em entrevista ao Convergência Digital, o CTO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville, explica que, hoje, as 1000 cidades com LTE em 700 Mhz estão aptas a terem a plataforma NB-IoT.

“É um processo de atualização de software. Se houver a demanda, estamos prontos para atender do ponto de vista de conectividade. Também estaremos na parte do tratamento de dados, com big data e analytics. Essas são as duas pontas de Internet das Coisas”, salienta Capdeville. Indagado sobre o uso de redes IoT em frequência não licenciada com Low Power Wide Area (LPWA), como é caso da rede Sigfox, que está operando comercialmente no País desde o final do ano passado, o CTO da TIM Brasil enumerou as razões para descartar essa opção.

De acordo com Capdeville, a frequência não licenciada oferece uma cobertura restrita, está sujeita à interferência e, por consequência, a degradação de qualidade. Também não trabalha necessariamente com criptografia e tem uma segurança não adequada. Já o Narrowband IoT usa uma parcela pequena do espectro, demanda um nível de sinal muito baixo e permite uma cobertura até 40% maior que o do LTE 700MHz.

“O NB-IoT consome muito pouca potência para fazer a comunicação. Isso possibilita baterias para os dispositivos que tenham de cinco a 10 anos de duração. Além disso, como é um padrão mundial, tende a trabalhar com dispositivos mais acessíveis”, pontua o CTO da TIM Brasil. Os planos da TIM são de, até 2020, ter mais de 4000 cidades cobertas na faixa de 700 MHz, o que aumenta muito o potencial de negócios para Internet das Coisas.

Mas a plataforma NB-IoT não funcionará apenas em 700 Mhz, ela também roda em 1.8Mhz e 2,6 GHz, mas a vantagem da cobertura é dada em 700 MHz, assina Leonardo Capdeville. A TIM também está trabalhando com a plataforma Open Source do CPqD, a DoJot. O CTO da TIM Brasil não revelou investimentos, mas lembrou que a maior parte dos R$ 12 bilhões prometidos pela TIM para o triênio será dedicada à expansão da fibra óptica e do 4G.


Botão Voltar ao topo