Telecom

TIM cansa de esperar teles e faz carreira solo na carteira digital

O projeto de uma carteira digital única das operadoras móveis unindo TIM, Claro, Vivo e Oi não está arquivado, pelo menos, para o CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola. Mas a operadora cansou de esperar e decidiu fazer carreira solo. Em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, 06/05, após a teleconferência de resultados do primeiro trimestre, a TIM revelou que terá uma carteira digital ainda neste semestre. O projeto é ter o produto em parceria com uma empresa especializada no segmento e, neste momento, acontece a análise de uma lista de interessados, afirmou o vice-presidente de estratégia e transformação da TIM, Renato Ciuchini.

“Definitivamente não queremos ser banco ou fazer o banco. Mas temos uma grande área de mercado que são os clientes pré-pago que não têm conta corrente. O nosso projeto é para atender até R$ 1000,00. Nossa carteira digital seria quase igual a um cartão de débito para pagar contas do dia a dia ou para a transferência entre um celular e outro. Nós temos uma base sem igual para atuar”, adicionou Ciuchini.

O CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola, foi bem taxativo: se as outras teles quiserem participar do modelo serão muito bem-vindas, até porque na visão dele, quanto mais gente participar, mais sucesso terá a carteira digital. O VP de transformação digital, Renato Ciuchini, observou que nem todas as carteiras digitais existentes hoje vão sobreviver nos próximos anos. Vai haver uma consolidação. E se as teles estiverem juntas, o poder é enorme. São milhões de clientes”, afirmou.

A carteira digital não vai competir com os serviços da parceria TIM/C6, asseguram os executivos da TIM. Isso porque o C6 é um banco digital e oferece serviços como empréstimos, cartão de crédito, programas de pontos e outros. A carteira digital da TIM será voltada para quem não tem qualquer acesso a banco e que usa a recarga para ter crédito no celular.

A chegada do WhatsApp ao mercado financeiro digital não assusta a TIM Brasil. Segundo ele, o WhatsApp vai concorrer mais com o PayPal ou Apple Pay. “Não queremos ser dum middleware dos nossos clientes com uma empresa de cartão de crédito. Não vamos fazer isso. Nossa carteira digital será para os nossos clientes pré-pagos”, assegurou Pietro Labriola. O CEO lembra que o Brasil tem uma característica diferente e lembrou o sucesso do Pix. “Qual país tem um mercado desse?”, indagou. O Brasil é o quinto maior país com mercado interno. Nós podemos fazer aqui”, completou.


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