TIM descarta briga na Justiça pela Oi Móvel
Uma possível judicialização da compra da Oi Móvel pelo consórcio TIM, Vivo e Claro por R$ 16,5 bilhões, como ameaçam entidades ligadas às empresas de Internet e operadoras competitivas é descartada pelo VP de regulamentação da TIM, Mario Girasole. “Nós também somos uma operadora competitiva. Não somos concessionárias, não somos oriundas da privatização da Telebras. Participamos de um leilão público onde não apareceram interessados”, diz o executivo.
Ainda de acordo com Girasole, foi feito um trabalho preventivo para construir uma lógica para agilizar a aprovação pelo CADE e pela Anatel. “Nós tivemos o cuidado de não deixar uma operadora do consórcio ser dominante. Como também tivemos o cuidado na divisão do espectro da Oi. Tanto que a Claro não pegou espectro, por conta da compra da Nextel”, ressaltou, em coletiva de imprensa online realizada nesta quinta-feira, 16/12.
Um exemplo dado por Girasole foi do Rio de Janeiro, onde a TIM deverá ficar com a base de clientes da Oi por ter uma atuação menor que Vivo e Claro. “Nós vamos absorver os clientes da Oi e é muito lógico. O desenho foi feito assim em todo o Brasil”, acrescentou. A migração dos quase 37 milhões de clientes da Oi para as bases de TIM, Vivo e Claro é um grande desafio de gestão, observou o presidente da TIM Brasil, Pietro Labriola.
Para ele, o momento é de melhorar ainda mais o relacionamento com o cliente, até porque ele é soberano e pode trocar de provedor quando quiser. Labriola insiste que a hora é de criar o menor ruído possível com o consumidor. “Uma das nossas ideias é que o cliente da Oi não tenha que trocar o chip ao ser incorporado à base da TIM. Trocar chip é um problema para o consumidor. Queremos ainda espelhar o plano que a Oi tem no nosso sistema para reduzir o impacto da mudança”, completou o executivo.