Telecom

TIM e Vivo vão desligar 2G em 20 cidades em 2021

A TIM e a Vivo se prepararam para desligar 2G nas cidades, com menos de 30 mil habitantes, onde fecharam o acordo de compartilhamento de rede. O acordo abrange 2689 cidades. A afirmação foi feita pelo CTIO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville, durante coletiva de imprensa, depois da teleconferência de resultados do quarto trimestre de 2020, nesta quarta-feira, 10/02. “Estamos chegando à etapa do switch off. Estamos com um piloto em 20 cidades, e preparamos um roll out maior em 2021. Acordos de compartilhamento como estes nos permite sermos mais agressivos″, contou Capdeville.

O desligamento da rede 2G vai ser feito tão somente nas cidades selecionadas para o piloto para que as operadoras possam ver qual será o impacto na oferta dos serviços. “Não podemos perder a atenção ao consumidor”, diz o CTIO da TIM Brasil. Para Pietro Labriola, CEO da operadora, a sinergia no compartilhamento de rede pode ser transferida para a fibra ótica. “Reduzir custos de forma ordenada é o melhor para o setor. Acordos assim nos permitem discutir como avançar com relação ao desligamento 2G e 3G”, destacou.

O modelo de compartilhamento de infraestrutura e espectro vai resultar em uma rede única, com clientes administrados de forma distinta. O CTIO da TIM Brasil, porém, descarta, no entanto, que haja o desligamento neste ano da rede 2G em cidades maiores. “O piloto será um excelente teste para vermos como podemos expandir a adequação do espectro”, finalizou.

Na teleconferência de resultados, o CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola, lembrou que a compra da Oi Móvel – a TIM vai pagar R$ 7,3 bilhões, o maior valor do negócio, para ficar com 40% da base da operadora, ou 14,5 milhões de clientes, além de 7,2 mil sites (49%), e o bem mais caro à operadora: os 49 MHz de espectro. “Se com o gap histórico de frequência, conseguimos avançar, vamos fazer muito mais com esse equilíbrio de espectro. Estamos bem animados para 2021”, completou.

Balanço financeiro – impacto Covid-19


A TIM Brasil divulgou os resultados do ano de 2020. A companhia teve queda de 0,6% nas receitas anuais, que totalizaram R$ 17,26 bilhões em 2020. O lucro líquido do período foi de R$ 1,87 bilhão, 1,8% menor que em 2019. O EBITDA, lucro antes de impostos, depreciações e amortizações, cresceu 3,2%, para R$ 8,37 bilhões. A Covid-19 impactou os resultados. O desaquecimento econômico decorrente da crise sanitária resultou na queda de 22,7% na receita de produtos. A Receita líquida de Serviços fechou o ano com ligeiro crescimento de 0,4%, refletindo a trajetória de recuperação gradual ocorrida ao longo do segundo semestre.

O Capex (investimentos) da TIM em 2020 cresceu 1%, para R$ 3,89 bilhões. No trimestre final do ano, somou R$ 1,46 bilhão, alta de 9,7% em relação ao registrado no quarto final de 2019. A alta é explicada pela retomada dos investimentos após dois trimestres impactados pela reavaliação de projetos que estavam inicialmente planejados, entre eles, os aportes na rede móvel, afetada pela queda de movimento provocado pelo distanciamento social imposto pela Covid-19 e pelo incremento do aporte em fibra ótica, aqui em função da elevação da busca por banda larga fixa por causa da pandemia e do home office.

Os investimentos continuam sendo destinados à infraestrutura (93% do total), principalmente a projetos de TI, tecnologia 4G através do 700MHZ, rede de transporte e expansão do FTTH (que recebeu aproximadamente 11% do total dos investimentos realizados no 4T20). A TIM terminou ano com dívida bruta de R$ 10,25 bilhões, crescimento de R$ 646 milhões. Já a dívida líquida ficou em R$ 5,61 bilhões, redução de R$ 1,06 bilhão. Os investimentos para 2021 serão divulgados no começo de março pela operadora.

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