Telecom

TIM está pronta para ir às compras e diz que leilão 5G acelera consolidação

Depois de três anos de reestruturação, a TIM Brasil diz que está pronta para efetuar movimentos estratégicos e se diz disposta a ir às compras na consolidação do mercado brasileiro de telecomunicações. De acordo com o CEO da operadora, Pietro Labriola, o leilão 5G vai antecipar o processo, que já começou, na verdade com a compra da Nextel pela Claro.

“A verdade que players-chaves também parecem interessados em acelerar suas estratégias de vendas de ativos. A verdade é que a consolidação também passa pela definição das regras do leilão 5G. Vamos ter quantos players efetivos no mercado? Serão três? Então as regras vão ser feitas com esse viés”, pontuou Labriola.

Indagado pelo Convergência Digital sobre o interesse efetivo de comprar Oi Móvel, o CEO da TIM Brasil foi taxativo. “A TIM está reiterando que tem interesse em frequência e se o ativo Oi Móvel for colocado à venda e nos atender na estratégia, a resposta sobre o interesse é sim”. A posição compradora da TIM Brasil está embasada nos bons resultados obtidos em 2019.

Na teleconferência de resultados do quarto trimestre do ano passado, realizada nesta quarta-feira, 12/02, a TIM Brasil classificou 2019 como um ano de muitas conquistas. A operadora destacou o crescimento do ARPU (receita por usuário) em todos os segmentos – a média ficou em R$ 24,00 – e a aceleração da conquista de novos clientes no pós-pago. O quarto trimestre apresentou ainda um sinal positivo: o pré-pago apresentou a primeira melhora, depois de três anos de resultados negativos. Um ponto muito destacado foi o fato de a operadora ter chegado a 100 mil quilômetros de rede de fibra óptica própria no País.

A TIM registrou um aumento de 32,1% no lucro líquido normalizado (aquele que exclui efeitos não recorrentes, como vitórias ou derrotas judiciais, por exemplo). O montante chegou a R$ 2,05 bilhões. A receita líquida anual aumentou 2,3%, para R$ 17,37 bilhões. O capex da companhia no ano foi de R$ 3,85 bilhões, 0,6% acima do investimento realizado em 2018 e muito próximo do guidance previsto de R$ 4 bilhões para 2019.


No âmbito operacional, a TIM fechou 2019 com retração base móvel em função do desligamento de clientes pré-pagos. A tele terminou o ano com 54,44 milhões de clientes no celular, 2,6% a menos que em 2018. O pré-pago foi responsável pelo enxugamento já que registrou uma queda de 7,6%, fechando o ano com 32,98 milhões de usuários. Mas o pós-pago- alvo de todas as estratégias de fidelização de assinante – houve um aumento de 6,1%, atingindo-se 21,46 milhões de acessos. Na telefonia fixa, a TIM cresceu 20,3%, somando 1,08 milhão de acessos. O TIM Live, a banda larga fixa da operadora, registrou uma expansão de 21,1%, para 566 mil assinantes.

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