Telecom

TIM faz campanha de smartphone e ativa 1150 antenas 5G até o fim de agosto

A TIM anunciou nesta quinta-feira, 4, a entrada em operação de sua rede 5G na cidade de São Paulo. De acordo com a tele, a nova rede entra em operação já com 850 antenas 5G em funcionamento na capital, com previsão de chegar a mil até o final de agosto. A cobertura atende 100% dos bairros da capital e 91% da população.

O CEO da TIM, Alberto Griselli, lembrou que São Paulo é a quinta capital a contar com uma rede 5G da operadora em funcionamento. “Nas anteriores, oferecemos uma cobertura duas vezes maior do que o exigido pelo regulador. Aqui em São Paulo caprichamos um pouco mais com o objetivo de fortalecer nossa liderança com a maior cobertura 5G já no lançamento”, disse.

Griselli explicou que das 1150 antenas 4G instaladas pela TIM na cidade, 850 foram atualizadas para 5G e que mais 150 devem integrar a rede nas próximas duas semanas. “Nosso objetivo é que as 1150 estejam operando em 5G no ano que vem. Também a partir de 2022 nós deixaremos de ativar antenas 4G em São Paulo”, afirma, lembrando que a migração de usuários para a nova rede deve desafogar a rede 4G, o que ele prevê que aconteça também em outras capitais.

Embora não tenha divulgado os valores investidos nesse processo de atualização, o CEO lembrou que, na divulgação de seus resultados financeiros, a TIM apontou um CAPEX de R$ 4,8 bilhões para este ano. “Este valor inclui os investimentos na infraestrutura 5G que estamos colocando em campo”, diz, ressaltando que uma comparação entre as taxas de instalação de antenas pagas pela TIM e pelos concorrentes demonstra que a soma das antenas licenciadas pela concorrência chega a 50% do volume licenciado pela TIM.

 Consumidores


De acordo com Griselli, com a entrada em operação da rede, todos os clientes TIM que tiverem aparelhos 5G já estão navegando na rede e contando com velocidade de download 10 vezes maior que na rede 4G. O executivo afirmou que o Brasil conta hoje com algo entre 4% e 5% de aparelhos 5G ativos no Brasil – no caso da TIM, cerca de 2,4 milhões de aparelhos – e que parte dos esforços comerciais agora vão no sentido de aumentar essa base.

“Ter aparelhos é fundamental. Em nossas lojas temos 70% de nosso portfólio já 5G e, aproveitando o Dia dos Pais, montamos promoções atrativas para a troca de aparelhos e entrada no mundo 5G que levam o preço de acesso a um terminal 5G a R$ 1,6 mil ou, com fidelização, a R$ 700”, diz.

O CTIO da operadora, Leonardo Capdeville, lembrou que, na migração das redes 3G para 4G, estas últimas levaram cerca de quatro anos parta se tornarem majoritárias. “As redes 5G devem cumprir este ciclo em três anos”, prevê. Ao contrário do que se vem divulgando no mercado, esse processo não depende do lançamento de SIM Cards específicos para as redes 5G.

Capdeville explica que, de fato, existe um novo padrão de SIM Cards previsto para as redes 5G, que vai criar criptografia para a comunicação. “O ponto é que os SIM Cards atuais funcionam perfeitamente e são transparentes para os usuários. Todos os fabricantes, com exceção da Apple, aceitam os atuais SIM Cards para redes 5G”, explica. Ele lembra que os aparelhos da Apple contarão com o eSIM, que poderão ser ativados nas lojas assim que a fabricante liberar o software para o mercado brasileiro. “De todo modo, não é demandado da gente trazer novos SIM Cards para operar a rede”, afirmou.

 Ofertas

O CMO da operadora, Paulo Sperandio, explicou que os clientes que tiverem aparelhos 5G vão acessar a nova rede por meio de uma conexão NSA (Non-standalone). “Esse será o padrão, com velocidades compatíveis com 5G”, diz.

Para estimular os usuários a experimentaram plenamente a rede 5G, a TIM anunciou uma oferta específica, o Booster 5G. De acordo com Sperandio, trata-se de um plano com conexão SA (Standalone), que vai oferecer latências muito menores, permitindo aos usuários utilizarem, por exemplo, cloud gaming.

“Essa oferta proporciona GB adicionais além do que ele já tem, sem custo. Ele terá GB adicionais e acesso às plataformas de games”, revela. O acesso será gratuito por três meses, período após o qual será cobrada uma taxa que deve variar de R$ 15 a R$ 20 mensais. O plano Booster 5G estará disponível inicialmente para os cliente dos planos Pós-Pagos, sendo escalados em seguida para os planos Controle e Pré-Pago.

Sobre o modelo de cobrança a ser adotado na nova rede, Sperandio disse que há ainda estudos sendo realizados internamente. “Nos Estados Unidos, por exemplo, é possível cobrar de acordo com a velocidade e latência pedida pelo cliente. Isso não é possível no Brasil por questões regulatórias, por isso estamos avaliando opções adicionais de como trabalhar com essa plataforma: pode ser por GB, por serviço, por serviço acessado. Há algumas opções na mesa”, diz, ressaltando que, de todo modo, as condições básicas estão acessíveis à base inteira.

Além dos usuários finais, a TIM deve anunciar em breve também algumas iniciativas em IoT (internet das coisas). Griselli disse que a companhia tem feito progressos nessa área, com alguns testes já realizados antes do lançamento oficial da rede. “Nas próximas duas semanas, parte de nosso esforço será comunicado, mas adianto que são projetos fechados com potencial muito grande”, disse.

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