TIM: franquia ilimitada para o Gov.br tem de ser um acordo comercial
Serviço grátis é um modelo comercial da operadora e tão somente da operadora e ningúem mais pode intervir. Assim falou o CEO da TIM Brasil, Alberto Grizelli, ao assumir que está, sim, vendo como acabar com o zero rating dado ao WhatsApp.
“O zero rating foi dado ao Whatsapp quando ele era um aplicativo de mensagem. Hoje tem várias funcionalidades e há um grande consumo de rede. O Facebook também tinha uma finalidade e, hoje, tem outras tantas. O do Facebook nós encerramos. E vamos também, provavelmente, encerrar o do WhatsApp. Estamos investindo em modelos de assinatura como fizemos com a Amazon Prime”, contou Grizelli à imprensa, durante coletiva de imprensa para a divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre, nesta terça-feira, 01/08.
Indagado pelo Convergência Digital sobre um acordo de zero rating com o governo para os serviços públicos do Gov.br – já houve uma sinalização de tentar negociar a possibilidade, inclusive, com a Anatel à frente, mas não houve avanço real – Grizelli não descartou a possibilidade de voltar à mesa, mas foi enfático ao dizer que serviço grátis é uma concessão da operadora e um tema de valor comercial. “Temos de avaliar muito bem a percepção do cliente e como vamos ter a monetização”, observou.
O pré-pago, aliás, será o carro-chefe da estratégia da TIM para o 2º semestre. Grizelli não quis adiantar detalhes, mas disse que a modalidade- que responde por 28% da receita – vai ter novidades e uma olhar especial. “Nós já cuidamos do pós-pago, nós fechamos um acordo inédito com a Apple para o pós-pago. Agora queremos cuidar do pré-pago, que é muito importante para nós. Continuamos incentivando a migração do pré-pago para o pós-pago, mas o pré-pago não é para ser descartado”, completou o CEO da TIM Brasil.