TIM projeta oportunidade para captar 50 milhões de celulares 2G e 3G
A TIM prepara uma ofensiva para conquistar cerca 50 milhões de celulares ativos na base nacional e que rodam nas plataformas 2G e 3G. No 2G ainda estão ativos 19 milhões de aparelhos e no 3G cerca de 38 milhões de terminais, conforme dados divulgados pela operadora na teleconferência de resultados do terceiro trimestre, realizada nesta quarta-feira, 06/11, em São Paulo.
“Há uma oportunidade clara para fazer o usuário deixar o 2G e o 3G. Nós, na TIM já não vendemos mais esses terminais. Nós mostramos que o 4G é muito melhor”, respondeu o CTIO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville. Com relação aos resultados do trimestre, o CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola, disse que eles foram ‘sólidos’ e mostra que apostar em serviços é o melhor do momento.
Do ponto de vista estratégico, a TIM trabalha no aumento do ARPU do usuário e na redução da inadimplência para o quarto trimestre e para o começo de 2020. “Os números de outubro já apontam uma boa melhora, mas temos de aguardar mais. Ainda acreditamos que o pré-pago tem uma oportunidade para crescer. As recargas vão voltar a crescer certamente”, reforçou Labriola.
Sobre 5G, a TIM repetiu o discurso da Futurecom 2019. Disse que a jornada começou há mais de um ano, que a infraestrutura está sendo preparada, mas há de se avaliar as regras que serão estipuladas no país para a compra da frequência.
Resultados
A TIM encerrou o terceiro trimestre com avanço nas receitas e no lucro, mesmo que normalizados sem efeitos não recorrentes. De acordo com o balanço financeiro da companhia divulgado na noite desta terça, 5, a receita líquida no trimestre foi de R$ 4,337 bilhões, um aumento de 2,3% no comparativo anual. No acumulado do ano, foi de R$ 12,791 bilhões, aumento de 2,15%.
Nos três meses, a receita de serviços foi de R$ 4,152 bilhões, após crescimento de 3%. Segundo a TIM, a receita de pós-pago aumentou 5% devido à “boa dinâmica nas transferências para planos de maior valor e boa performance na aquisição de novas linhas”. Por outro lado, o pré-pago caiu 3,8% – a tele destaca que a oferta TIM Pré Top representa agora 60% desse segmento. No total, a receita média por usuário (ARPU) móvel foi de R$ 23,9, aumento de 5,6%.
A receita de produtos caiu 12,2%, ficando em R$ 185 milhões no trimestre, devido a uma redução de 10% no volume de aparelhos vendidos. Mas no acumulado do ano, aumentou 2,2%, total de R$ 551 milhões.
Já o serviço fixo totalizou respectivamente R$ 233 milhões (avanço de 7,3%) e R$ 693 milhões (crescimento de 10%). O TIM Live foi responsável por R$ 127 milhões (aumento de 31,5%) no trimestre e R$ 693 milhões (avanço de 32,3%) no acumulado. A ARPU da oferta de banda larga fixa foi de R$ 81,8, um aumento de 8,6%.
A TIM investiu no trimestre R$ 924 milhões, 6,7% a mais do que no mesmo período de 2018. No total dos nove meses do ano, o Capex foi de R$ 2,519 bilhões, aumento de 2,4%. Grande parte dos investimentos foi para projetos de TI, para 4G em 700 MH, rede de transporte e expansão do FTTH.
A base total de clientes móveis da TIM caiu 3% e encerrou setembro com 54,527 milhões de acessos. Desses, 33,281 milhões foram de pré-pago, base que caiu 9,1%. Já o segmento pós-pago aumentou 8,2%, fechando o trimestre com 21,246 milhões de contratos. A base de usuários 4G totalizou 37,247 milhões de acessos, um aumento de 12,5%. A cobertura com a tecnologia atingiu 3.355 cidades (crescimento de 5,8%), das quais 3.253 contavam com o recurso de voz sobre 4G (VoLTE, avanço de 54,2%) e 1.644 com a faixa de 700 MHz habilitada (aumento de 40,3%). A TIM encerrou setembro com 19.582 sites, das quais 68% eram conectados com backhaul “de alta velocidade”.