Telecom

TIM quer ampliar PIX como pagamento e lança seguro para transações

Em dia de divulgação de resultados trimestrais, a TIM anunciou nesta quarta, 4/5, que pretende investir nos recursos dos pagamentos via PIX e vai tentar ampliar a base de clientes que usa esse sistema. A iniciativa é combinada com uma nova parceria de negócios, com a empresa de segurança FS, em uma joint venture para oferta de seguro para transações com PIX, com espaço para entrada de outras teles na sociedade e expectativa de IPO em até cinco anos. 

“O PIX é revolucionário, mas criou um problema muito grande. Vamos lançar um produto baseado na oferta do PIX, com a ideia é que o PIX passe a ser uma central muito importante no nosso processo de pagamento. Mas tem a questão da criminalidade associada à penetração muito grande. Vamos usar tecnologia e datascience em um app que roda no telefone do cliente e nele tem um seguro PIX embarcado”, explicou o diretor de novos negócios da TIM, Renato Ciuchini. 

A parceria com FS, anunciada nesta mesma quarta-feira, prevê a criação de uma nova empresa, pela qual a TIM vai receber comissão para cada cliente capturado. A operadora terá até 35% do capital dessa nova empresa, o que, segundo a diretora financeira Camille Faria, vai depender do número de clientes e da geração de receitas. E conforme reforçou o diretor de novos negócios, uma das diferenças é a possibilidade de novos sócios, de preferência oriundos do próprio mercado de telecomunicações. “A diferença deste novo negócio é que já colocamos uma previsão que permite a entrada de outros sócios na mesma modalidade e nas mesmas condições, inclusive outras teles”, disse. 

Segundo a TIM, o plano é turbinar receitas com esse tipo de parceria, seguindo experiências bem sucedidas com a plataforma de ensino Ampli e o banco C6 – que apesar do processo de mediação em curso, é ótima para a TIM, que por conta do acordo já detém 4,8% do capital do banco digital. 

No geral, a TIM aposta que essas parcerias, concentradas em poucas empresas com grande rentabilidade, vão garantir crescimento de receitas. Na apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2022, a empresa já destacou que a receita com serviços de valor adicionado financeiros e educacionais e de publicidade móvel, dobraram no período (alta de 107%), para R$ 35 milhões. 


“Estamos atrás dos unicórnios. Queremos não muitas parcerias irrelevantes, mas poucas que gerem alto valor. Não estamos procurando startups, mas empresas com produto provado e que buscam crescimento da base de clientes. Não é piloto para cidade ou estado, nossa abrangência é nacional. Somos um canal de vendas que atua ‘como serviço’. A gente troca base de clientes por equity nessas empresas. Com a Oi, vamos ter 65 milhões de clientes, com 550 datapoints por cliente no nosso Big Data”, disse Ciuchini.

No geral, a receita líquida da TIM somou R$ 4,7 bilhões no primeiro trimestre, o que representa uma alta de 8,9% comparado ao mesmo período de 2021. A empresa destacou ainda o recorde de receita líquida do serviço móvel, que  aumentou 8,6%, totalizando R$ 4,2 bilhões. A receita gerada por cliente, principal componente, aumentou 8,3% e fechou o primeiro trimestre em R$ 3,9 bilhões. A receita média mensal por usuário (Arpu) cresceu 7,6% e ficou em R$ 27,4. 

 

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