Telecom

TIM quer comprar provedores regionais para crescer na banda larga fixa

Focada na telefonia celular, a TIM tem uma operação de banda larga fixa ainda restrita no Brasil. Com apenas 1,7% do mercado e menos de 700 mil clientes, a empresa é a sexta do ranking nacional, ficando atrás deconcorrentes regionais, como a Brisanet e a Algar. Mas como revelou o presidente da TIM, Alberto Griselli, nesta quarta, 4/5, a multiplicação no número de provedores criou um ambiente propício à consolidação nesse segmento. 

“Nós, que somos o operador grande sem footprint, vemos um caminho de consolidação no futuro, desde que tenha condições comerciais e focos estratégicos para que isso possa acontecer. Têm vários movimentos, de pequenos provedores virando médios, médios virando maiores e se consolidando em futuras operações”, disse o CEO durante a apresentação dos resultados da empresa no primeiro trimestre. 

“Se olharmos a estrutura do mercado, temos grandes players nacionais e um conjunto de players regionais, com zonas cinzentas, mas com atuações diferenciadas em termos de footprint. As grandes operam em centros urbanos mais ricos, nas capitais, enquanto os ISPs construíram um mercado em municípios menores e encontraram diferencial competitivo colocando fibra onde não tinha fibra”, avaliou Griselli. 

Como apontou, “têm várias áreas de overlapping, com ISPs pequenos ou mais parrudos que entraram em áreas de competição com grandes operadoras. Essa dinâmica do mercado gerou um cenário competitivo mais acirrado, que exige muito dinheiro para fazer a rede e muito dinheiro para ganhar clientes. Ficou mais complicado para todos”. 

A diretora financeira da TIM, Camille Faria, ressalta que o interesse em fusões e aquisições não vai significar uma mudança na estratégia até porque cada aquisição será analisada caso a caso. A diferença, aponta, é que antes essa possibilidade nem estava no radar da TIM. 


“Não é uma mudança radical de estratégia, apenas um pequeno passo. Continuamos na busca do crescimento orgânico. M&A acontece quando alquém quer vender. Não vamos bater na porta dos ISPs pedindo para comprar. Mas no passado, ainda que houvesse ativo à venda, a gente nem perderia tempo olhando. Não fazia sentido. Hoje a gente vê propostas que valem à pena sentar e fazer conta. É um approach oportunístico”, completou a CFO da TIM. 

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