Tim turbina fibra no Rio e SP para bater coaxial da Claro
Última a chegar no mercado de internet fixa, a Tim defende que o ‘atraso’ vai virar vantagem. A empresa está turbinando a rede nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, ampliando a infraestrutura FTTC para FTTH, esticando a fibra até a casa dos usuários. E com fibra, aposta a direção da operadora, será possível morder acessos de quem tem rede legada, como o cabo coaxial da rival Claro.
“O FTTH é a tecnologia do futuro. Seja um ator grande ou pequeno, pode ter maior ou menor problema relacionado à tecnologia que usou até hoje. Quem liderou nos últimos 10 anos não necessariamente tem um legado simples de migrar para a tecnologia melhor”, disparou o presidente da Tim, Pietro Labriola.
Ao comentar os resultados trimestrais da empresa, o executivo destacou o crescimento de 21% na receita do Tim Live na comparação com um ano atrás, e uma receita média por usuário de R$ 109 no FTTH, que alega ser o maior Arpu do setor.
“Em setembro, outubro vamos lançar ofertas de 1 e 2 Gbps. Sendo o operador que chegou por último, a Tim não tem legado, o que nos permite uma escolha pela tecnologia mais competitiva. O cabo não consegue oferecer o mesmo”, emendou Labriola.
Segundo o diretor de receitas da Tim, Alberto Griselli, o upgrade na rede de fibra começou pelo Rio até como resposta ao roubo de cabos de cobre, inclusive daquela última milha do FTTC. “Começamos antes no Rio porque em algumas áreas de cobertura teve quadrilha especializada no roubo de cobre. Na medida que o FTTC gera um cobre valioso roubado, isso cria problema para os clientes, desconexão do serviço, além de um custo para reestabelecer e proteger o serviço.
“Ano passado começamos o overlay de FTTH no FTTC justamente para limitar transtorno para clientes. já chegamos a 50% no Rio. Em São Paulo é diferente, muito competitiva. Estamos selecionando as áreas e começamos este ano. Nos dá vantagem competitiva sobre o cabo numa praça muito importante”, completa Griselli.