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TV ainda é líder, mas no Brasil, 50% dos jovens vão ver a Copa do Mundo no celular

A TV ainda será o carro-chefe da audiência dos jogos da Copa do Mundo do Catar, que começa no dia 18 de novembro e vai até o dia 18 de dezembro, no Brasil, para 75% dos entrevistados na pesquisa FIFA World Cup 2022, realizada pela Amdocs no país e no México. Mas o estudo mostra que 50% das pessoas com menos de 35 anos vão ver os jogos no streaming e no celular.

“A pesquisa mostra que as pessoas querem estabilidade na conexão para ver os jogos seja na banda larga fixa em casa ou na conexão móvel. A percepção é que o 5G acaba com o delay da TV tradicional”, reportou o Chief Marketing Officer da Amdocs, Gil Rosen, que veio ao Brasil, para o lançamento do estudo e concedeu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira, 10/11, em São Paulo.

O estudo revelou ainda que as redes sociais serão o canal dominante para o consumo de esporte para 30% dos brasileiros e para 44% dos mexicanos. De acordo com o CMO da Amdocs, ainda no Brasil, um dado relevante: 52% dos entrevistados ainda se apegam a custos e bons pacotes para streaming, mas 48% já afirmam que a experiência dos serviços faz e fará a diferença. “Esse é um ponto relevante porque o usuário quer qualidade de serviço. E aqui as operadoras têm de repensar suas estratégias”, observa.

Tanto é assim que 42% dos usuários no Brasil estão dispostos a pagar até US$ 10, ou R$ 55, para ter um pacote 5G dedicado para a Copa do Mundo. Mas há um dado importante a ser tratado: 46% dos entrevistados no Brasil não estão confiantes que o streaming vai permitir tempo real adequado por conta da estabilidade de rede. “Fora do Brasil, já há campanhas de operadoras móveis falando que o 5G dá mais estabilidade do que a banda larga fixa e a TV tradicional para ganhar clientes. Essa será uma realidade aqui no Brasil também com a massificação do 5G”, observou Rosen.

A pesquisa mostra ainda que um sonho antigo do consumidor de pacotes de TV a cabo – poder montar a sua própria grade de programação e nunca realizada por conta da pressão das donas do conteúdo – também começa a pressionar as operadoras de streaming, uma vez que o assinante quer ter o direito de escolher o que quer ver. “Fica claro na pesquisa que 70% dos brasileiros têm interesse em pagar por demanda e não por acaso o churning (troca de assinantes) está aumentando. A verdade é que o assinante quer liberdade, quer comprar pedaços de conteúdo e não mais um pacote fechado. O mercado vai mudar”, completou o CMO da Amdocs.


*Ana Paula Lobo viajou a São Paulo a convite da Amdocs Brasil

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