TV paga: Modelo não muda e sangria de assinantes já dura três anos e meio
O mercado brasileiro de televisão por assinatura terminou o mês de maio deste 2018 com um total de 17.855.020 contratos ativos. Depois de um período de expansão com a entrada das operadoras de telecomunicações no segmento, em fins de 2011, a TV paga brasileira encolhe há três anos e meio, período em que perdeu praticamente 10% da base de assinantes.
O pico do mercado foi em novembro de 2014, quando o setor contava com 19,81 milhões de assinantes, depois de uma expansão de quase 50% da base a partir da vigência da Lei 12.485/11. Desde então, foram-se 1,95 milhão de acessos ativos, ou 9,8% desde o pico. Apenas na passagem de abril para maio deste ano, o recuo foi de 52,3 mil acessos.
O resultado dessa sangria é a falta de mudança no modelo de contratação dos serviços – os consumidores não têm direito a escolher seus pacotes ou montar sua programação, de acordo com a sua preferência ou condições de pagamento e a consolidação das OTTs, como Netflix e os seus derivados, com pacotes mais flexíveis e com custo muito abaixo da TV paga.
De acordo com os dados da Anatel, a Net/Claro concentra sozinha metade do mercado, ou 8,9 milhões de assinantes. É seguida pela Sky, com 29% do total, ou 5,2 milhões de acessos. Oi e Telefônica disputam a terceira posição, cada uma com 8% do mercado e 1,5 milhões de clientes.