Vivo inaugura primeira franquia para oferta de banda larga por fibra
A Vivo inaugurou nesta quarta, 20/11, a 30 km de Brasília, o modelo de franquia para oferta de banda larga por fibra óptica até as residências. O primeiro parceiro é o grupo Xis Internet, sustentado por fundos de investimento, mas a ideia é replicar a fórmula em cidades pequenas, menores de 100 mil ou mesmo de 50 mil habitantes, e até absorver pequenos provedores pelo caminho.
A franquia vai usar o nome ‘Terra Fibra’, reciclando a marca do portal web adquirido pela Vivo em 2017. Cabe ao franqueado fazer os investimentos de rede, ou seja, implantar um backhaul até o backbone da Vivo e passar a fibra pela cidade, além de montar uma loja. No caso da Xis, que abriu a primeira franquia em Águas Lindas de Goiás, cidade com 220 mil habitantes ao lado do Distrito Federal, o aporte foi de R$ 5 milhões. Por enquanto.
“Até por ser a primeira, por ter uma curva de aprendizado e ser uma cidade maior, chegamos a R$ 5 milhões investidos. Mas nosso contrato com a Vivo contempla 100 cidades, e pode chegar a mais, escolhidas em quatro estados. Vamos inaugurar pelo menos mais duas até o fim do ano e imaginamos poder chegar a mais 50 cidades em 2020, com um investimento por volta de R$ 100 milhões”, explica o vice presidente de relações institucionais da Xis, Marco Carbonari. O carro-chefe comercial é a oferta de 100 Mbps por R$ 99,90.
Segundo o presidente da Vivo, Christian Gebara, o modelo exige fôlego inicial de R$ 2,5 milhões. Mas pode ser replicado em todo o país. “Todos os estados do Brasil têm possibilidade de ter franquia Vivo, inclusive onde somos muito fortes, como São Paulo”, explicou. É, como reforçou, uma forma de partilhar investimentos.
“Considerando que nossos investimentos anuais estão próximos a R$ 9 bilhões, precisamos abarcar outros modelos para conseguir chegar a esse mundo de domicílios que tem o Brasil, com parcerias. Estamos abertos a novos modelos. A gente anunciou outra parceria, com a American Tower, em um modelo diferente de franquia, mas que mostra que estamos abertos a outros tipos de parceria.”
A Vivo tem uma relação inicial de 1 mil cidades onde quer adotar o modelo de franquia para FTTH e segundo Gebara já com dezenas de interessados e novas inaugurações à caminho. “Escolhemos mais de 1 mil cidades em que a gente poderia fazer esse modelo. Ou em bairros. Porque estamos presentes em cidades tão grandes que a gente pode escolher um bairro, com 10 mil, 20 mil domicílios, e dar ao franqueado. Mesmo em São Paulo.”
Além da força da marca e da expertise na oferta de banda larga por fibra, a Vivo oferece o caminho aos fornecedores de equipamentos e aos preços praticados com ela mesma, grande compradora. E a remuneração segue mais ou menos o mercado de franquia. “A gente ganha royalties, entre 8% e 12% da receita bruta”, revelou Gebara.
Segundo ele, o modelo franquia pode servir até para “converter” pequenos provedores internet já instalados. “É outra possibilidade. Estamos abertos para empresas existentes que queiram se converter em um franqueado. Imagine um pequeno provedor numa cidade, como são as mais de 5 mil no Brasil. Agora vem uma ameaça de concorrer com uma empresa como a Vivo. Ele pode preferir se converter, usar a marca do Terra. Pode avaliar se vai querer pagar royalty, que hoje não paga. Mas pode valer à pena. Todos os equipamentos novos ele vai comprar com preço que a Vivo compra. Toda a expertise. E ao mesmo tempo evito a Vivo de vir para essa cidade. Então pode ser uma boa alternativa para um pequeno”, completou.