Vivo investiu R$ 400 milhões para integrar Oi Móvel e diz que disputa judicial será ‘de longos meses’
A Vivo investiu R$ 400 milhões para integrar a Oi Móvel aos sistemas da operadora, além dos R$ 7,2 bilhões aportados até agora no Brasil, revelou o CEO, Christian Gebara, durante teleconferência de resultados do terceiro trimestre, realizada nesta quarta-feira, 26/10.
A tele revelou ainda a desconexão de 3 milhões de clientes da Oi Móvel, o que significa quase um quarto dos 12, 5 milhões recebidos pela tele na compra da operadora. A desconexão foi explicada por falta de adequação ao modelo da Vivo. Com relação à disputa pelo valor de R$ 3,2 bilhões a ser pago à Oi Móvel, a Vivo disse que depositou a sua parte judicialmente – algo em torno de R$ 515 milhões – e aguarda a arbitragem. Mas diz que a sinergia de R$ 5,4 bilhões previstas para o negócio estão mantidas.
Gebara admitiu, porém, que a disputa Oi Móvel x Vivo, Claro e TIM ‘levará muitos meses para ter uma posição final’. Questionado sobre a redução da competição na telefonia móvel, ele foi taxativo: A concorrência seguirá intensa. “O mercado móvel já era disputado por Vivo, Claro e TIM. A Oi estava fraca e fora por não ter o 700 Mhz para 4G. Não há mudança no cenário”, detalhou.
A Vivo planeja investir R$ 9 bilhões no Brasil em 2022 e trabalha para manter esse montante em 2023. “Já colocamos R$ 7,2 bilhões, R$ 400 milhões para a integração da Vivo e pensamos em R$ 9 bilhões até dezembro”, reforçou. A Vivo também não vai mudar a sua estratégia para a expansão da fibra óptica.
“Todo o nosso planejamento segue o mesmo. Temos hoje 5,3 milhões de clientes e teremos de 8,5 milhões a 9 milhões em 2024. Os investimentos próprios da Vivo ficam em torno de R$ 21,6 milhões e há os feitos na Fibrasil”, adicionou. Em caixa, a Vivo anunciou ter R$ 6,5 bilhões. “Isso nos ajuda muito a ter esse balanço tão saudável e nos permite pensar em crescimento orgânico e inorgânico”, completou o CFO da Vivo, David Melcon.