Telecom

Vivo: Mais tecnologia e serviços digitais, menos infraestrutura de Telecom

O Vivo Day 2024 revelou uma operadora cada vez mais decidida a ser uma plataforma única de serviços digitais. Tele descarta 'guerra de preços' por usuários de fibra; e planeja novos serviços nas áreas de saúde e mais parcerias com OTTs.

A Vivo se distancia cada vez mais de ser somente uma empresa de infraestrutura de telecomunicações para ser uma empresa de tecnologia e de serviços digitais, por meio de uma plataforma única digital habilitadora da digitalização do cliente, pontuou o CEO da Vivo, Christian Gebara, durante o Vivo Day 2024, realizado nesta terça-feira, 05/03, em São Paulo, depois de seis anos da última edição, ocorrida em 2018, em Nova York. 

A operadora delineou a sua estratégia e comemorou os números e a liderança na telefonia móvel; em ser detentora da maior rede de fibra da América Latina e de estar 700 municípios à frente do concorrente na implantação do 5G. Mas, ao final, a estratégia para os próximos anos será a de adicionar cada vez mais serviços para os clientes, como os de educação, financeiro, cloud, cibersegurança e energia, o próximo passo da companhia, com a joint venture com a Auren. 

A Vivo contabiliza 113 milhões de acessos ativos, sendo que destes, 60 milhões são recorrentes e pagam fatura todo mês. Os serviços digitais crescem 25% ao ano, numa prova que se tornar um hub de tecnologia começa a dar resultados concretos. No caso do B2B, por exemplo, são 1,6 milhão de clientes, sendo que os serviços digitais são ofertados a menos de 10% da base. “Temos muito por crescer”, detalha a diretora executiva de B2B, Debora Bortolosi. 

O Vice-presidente de estratégia e novos Negócios da Vivo, Ricardo Hobbs, destacou que os novos serviços rendem uma receita de 1,3 bilhão de reais e impactaram 4 milhões de clientes ao final de 2023.O executivo lembrou que 1 em cada 5 smartphones vendidos pela operadora já tem um seguro e há muitas oportunidades para crescimento. 

Também falou da Ovvi, que é Vivo ao contrário, a linha criada para a venda de dispositivos e que um ano de operação já trouxe uma receita de 40 milhões de reais. “São muitas oportunidades para estarmos próximos do cliente, que quer serviços da nossa parte”, relata. O próximo passo será ter uma oferta de saúde para PMEs.


“Sabemos que 75% dos brasileiros não têm planos de saúde privados. Nossa ideia é criar serviços que atendam essas microempresas e seus funcionários”, adicionou Hobbs, sem, no entanto, dar prazo para o serviço vir a ser comercializado. 

Em fibra, quer chegar a 29 milhões de fibras passadas, e manter o primeiro lugar na América Latina. “A qualidade da nossa rede não tem ninguém superior. Pode até ter igual, mas superior não tem. Nós fazemos o pacote para o cliente, juntamos a fibra, o Wi-Fi e os serviços digitais. Não vou entrar numa guerra de preço para ganhar cliente”, completou. Desde que chegou ao Brasil, há 25 anos, a Vivo investiu mais de 530 bilhões de reais.

Uma das apostas da Vivo para 2024 é a joint venture com a Auren Energia, com foco na energia sustentável, e lançamento previsto ainda para o primeiro semestre. “É uma possibilidade para nós, oferecer, através de um preço mais competitivo, energia renovável para empresas que estão abertas a essa conversa e que talvez, com o selo Vivo e Aurea, essa conversa seja ainda muito mais fácil”, pontua. “E acreditamos que o mercado, como aconteceu em vários países desenvolvidos no mundo, vai ter aberturas, inclusive até para a pessoa física”, projeta ainda.

Sobre aquisições e novos serviços, Gebara assumiu que está aberto a qualquer oportunidade, mas vai apostar em parcerias; joint venture ou em investimento minoritário em empresas. “Não vamos criar sozinhos, vamos fazer sempre com a participação em outros”.

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