Vivo projeta investir R$ 8,9 bilhões no Brasil em 2022
O resultado financeiro da Vivo em 2021 ficou acima das expectativas. A operadora registrou lucro de R$ 2,6 bilhões no último trimestre de 2021. No ano, valor chegou a R$ 6,2 bilhões, alta de 31% em comparação com 2020. Os investimentos realizados entre outubro e dezembro ultrapassaram R$ 2,3 bilhões e foram direcionados ao reforço da rede móvel e à expansão da rede de fibra. No ano, o Capex total foi de R$ 8,7 bilhões, crescimento anual de 11,5% em relação a 2020.
Na teleconferência de resultados do quarto trimestre, nesta quarta-feira, 23/02, o diretor-presidente da Telefônica, Christian Gebara, comemorou a marca de 50 milhões de acessos ativos no pós-pago, o carro-chefe da empresa, mas também ressaltou o bom desempenho no pré-pago, com quase 34 milhões de acesos ativos. A receita operacional líquida cresceu 2,1% no ano passado, em relação a 2020, alcançando R$ 44 bilhões.
“Tivemos no quarto trimestre do ano passado o melhor desempenho desde 2017”, pontuou Gebara. O resultado: a Vivo planeja investir R$ 8,9 bilhões no Brasil, e neste montante não estão a compra da Oi Móvel por R$ 5,5 bilhões e os da aquisição de licenças e obrigações do 5G.
Sobre a Oi Móvel, Gebara disse que a maior parte dos clientes que vai vir para a base fica no Nordeste, onde a operadora tem a maior infraestrutura, mas o menor market share, até por conta da falta de frequência, considerado o ponto-chave para a realização do negócio. Agora, com a Oi Móvel e com mais frequência – foram 43 MHz adicionados- a Vivo terá um papel mais relevante na região. “Vamos trabalhar pelos clientes da Oi e por todos os clientes que queiram uma rede de maior qualidade”, observou Gebara.
A performance da Vivo permitiu ao executivo dizer que não descarta novas aquisições, desde que elas estejam em linha com a estratégia digital da operadora. “Vamos pensar em aquisições voltadas para serviços 5G, cloud, cibersegurança, áreas que crescemos e podemos crescer muito mais. Estamos atentos”, sinalizou Gebara.
Em 2021, a receita dos serviços digitais, composta por soluções em cloud, cibersegurança, IoT e Big Data, atingiu R$ 2,1 bilhões, com crescimento anual de 46%. Os serviços de cloud lideram a expansão, com alta de 96%. Esta evolução, de acordo com a Vivo, é reflexo das parcerias com os principais provedores do mercado, como AWS, Microsoft Azure e Google que, somadas às dezenas de outras marcas, fortalecem o portfólio digital dedicado às empresas de todos os tamanhos.