V.tal entra na disputa da infraestrutura para o 5G
A V.tal (InfraCo, que vai ter o controle vendido pela Oi para os fundos geridos pelo BTG Pactual, anunciou novos produtos de infraestrutura de conectividade atenta ao 5G. A companhia disponibilizou nesta quinta-feira, 14, soluções de rede neutra para operadoras de celular e detentoras de torres (torreiras).
No primeiro caso, a V.tal oferece solução de backhaul para fibra até a torre (FTTTower), conectando a antena de celular até os pontos de presença (PoPs). O outro produto é justamente a conectividade de backbone entre os PoPs entre municípios (FTTCity), inter ou intraestadual.
Para tanto, a empresa de rede neutra oferece a infraestrutura de 400 mil km de fibra óptica e cobertura em 2,3 mil cidades no País, herdada da segregação da área de atacado da Oi. Segundo a V.tal, os produtos serão instalados “partir da demanda de cada cliente, que poderá adquirir a conectividade com redundância de rede e estarão disponíveis tanto nas localidades com fibra já passada pela V.tal, quanto naquelas onde houver necessidade de cabeamento”.
Já estamos em negociação com algumas empresas e com pilotos das duas novas soluções rodando praticamente em todas as regiões do Brasil”, afirma Pedro Arakawa, CCO da V.tal. Além da capacidade de rede reforçada, a 5G demandará de 5 a 10 vezes mais antenas das operadoras móveis, que precisarão conectar suas estações à rede de fibra. Atualmente, a V.tal já conecta cerca de 20% das 96 mil antenas em uso no país, segundo dados da Anatel de dezembro de 2021.
A V.tal foi criada ano passado, a partir da cisão dos ativos de fibra óptica do grupo Oi. A rede que era da Oi foi convertida em empresa independente, como parte de um longo processo de recuperação judicial. Essa unidade segregada teve então o controle vendido a fundos financeiros e à Globenet (do banco BTG Pactual). O Cade já autorizou a venda. Em sessão extraordinária marcada para hoje à noite, o Conselho Diretor da Anatel deverá decidir também se autoriza ou não a transação, que resultará em caixa extra de R$ 12,7 bilhões à Oi.