Telecom

V.tal vai além da fibra óptica ao investir em data centers e edge computing

Com um investimento previsto de R$ 30 bilhões até 2025 no Brasil – e com 5,7 bilhões em debêntures já acertados em um consórcio com sete bancos, quatro locais e três internacionais para viabilizar os primeiros aportes, a V.tal, agora oficialmente dona da rede de fibras ópticas que vieram segregadas da Oi, não quer ficar apenas na base do negócio, ou seja, na fibra óptica. A companhia, informou o CEO, Amos Genish, em entrevista nesta segunda-feira, 13/06, vai investir em data centers e, especialmente, em edges data centers, fora do eixo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, como aliás, Genish já tinha feito com a GVT, seu primeiro negócio no Brasil.

“Se até então banda e capacidade faziam a diferença, agora, o que vai mudar tudo é a latência com o 5G. Teremos um data center em Fortaleza, com a Globenet, até o final do ano, já com grandes clientes, e em 2023, um data center em Porto Alegre, construído a pedido de uma OTT”, revelou. Genish assegurou que os data centers serão montados do zero e ir às compras no segmento não está nos planos iniciais. “Vamos ter o negócio nosso. Eles serão estratégicos. Temos quatro mil prédios de engenharia que serão edges centers computing. Faremos o nosso mercado”, adicionou.

Faz parte dos planos ainda criar uma rede nacional de small cells para atender a demanda do 5G, mas num segundo momento, já que para Amos Genish, o 5G vai levar um tempo maior para se estruturar. “Não vemos razão de investimentos imediatos. Está no radar. 5G vão exigir até 10 vezes mais antenas. O Brasil tem 100 mil. Vai precisar de 1 milhão. Temos condições de atender e alugar essa capacidade para terceiros”, afirmou. Genish garantiu ainda: não será prestador de serviço 5G. “Como rede neutra eu não vou competir com os meus clientes. Quero, sim, parcerias estratégicas para crescer, uma vez que já estarei na casa dos clientes”, detalhou.

Indagado se permanecerá como CEO da V.tal – ou se está na função apenas de forma temporária – Amos Genish disse que é o CEO e a V.tal passa pelo momento de segregar o negócio da Oi e essa missão exigirá muito do time que terá mudanças críticas para conduzir de forma imediata. “Sou o CEO e para o BTG, a V.tal é um negócio prioritário”, disse. Sobre IPO, como a Oi ventila como possibilidade, Genish diz que está no roadmap, mas não há planos imediatos ou data definida.


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