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Inovação

Lei de Dados pessoais acirra debate por ética e privacidade digital

Para o professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da FGV, André Miceli, a ética e a privacidade digitais vão estar na lista de preocupações dos indivíduos, organizações e governos em 2019. De acordo com ele, as pessoas estarão cada vez mais preocupadas sobre como suas informações pessoais serão usadas por organizações nos setores público e privado.

“A demanda por clareza aumentará para empresas que não estejam abordando proativamente essas questões. Espero que haja um foco crescente em conformidade, mitigação de riscos e valores nos próximos anos, mas 2019 será importante, pois marca o último ano completo antes do limite para adequação da Lei Geral de Proteção de Dados brasileira”, diz André Miceli.

O professor da FGV lembra que as empresas terão até 2020 para implementar as mudanças obrigatórias aprovadas este ano por aqui. “Por isso, haverá investimento, demanda e diversos serviços necessários. Parte da questão da privacidade é ética, mas agora, parte é lei. Os dois casos doem no bolso e isso costuma gerar movimentações importantes”, ressalta o especialista.

André Miceli diz ainda que os brasileiros deverão se acostumar com o termo Autonomous Things e suas variações. Ele explica que as coisas autônomas, abreviadamente AuT, ou a Internet de Coisas Autônomas, abreviada como IoAT, representam a chegada dos computadores no ambiente físico, através de entidades que funcionam sem a necessidade da direção humana, movendo-se livremente e interagindo com pessoas e outros objetos.

“Nos últimos anos, vimos uma evolução bastante consistente das tecnologias de inteligência artificial. Chegou a hora de começarmos a presenciar uma aplicação prática delas. Robôs, veículos, drones e eletrodomésticos serão a porta de entrada. No Brasil, os tratores na agricultura e robôs nas fábricas marcarão o começo. No mundo, já será possível ver perspectivas bem claras para os demais equipamentos”, prevê o professor da FGV.


Miceli afirma também que o Blockchain deve começar a remodelar algumas indústrias, permitindo a acordos descentralizados, proporcionando transparência e reduzindo o atrito entre os ecossistemas de negócios. O professor da FGV pondera ainda que o próximo ano será um marco da popularização dessa experiência. No entanto, Miceli acredita que apenas nos próximos anos veremos uma adoção colossal de plataformas de conversação.

“Os equipamentos de realidade aumentada, mista e virtual têm potencial para aumentar a produtividade em diversos setores, aumentar a percepção de indivíduos com algum tipo de limitação física, mudar as maneiras de perceber formas, acompanhar pessoas, falar, viajar, consumir conteúdo e, em linhas gerais, viver”, completa o professor da FGV.

*Com informações da Assessoria de imprensa da FGV

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