Sem vacinação rápida contra a Covid-19, PMEs adiam retomada dos negócios
Até 9,5 milhões de pequenos negócios só conseguirão retomar o nível de atividade equivalente ao registrado antes da pandemia de Covid-19 a partir de setembro deste 2021 – e tão somente se houver avanço na vacinação e metade da população estiver vacinada até lá. A estimativa é do Sebrae, que adiou a previsão de recuperação das PMEs.
“O prazo foi postergado em relação à previsão da 1ª edição do estudo, que apontava a mesma meta para 18 de agosto. O atraso resulta do lento avanço da vacinação em abril, fazendo com que as micro e pequenas empresas de todo o país tenham de suportar por mais 14 dias essa chegada do socorro aos seus negócios”, informa a entidade.
Os 9,5 milhões de empresas representam cerca de 54% do universo de microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas brasileiros. São empresas que atuam principalmente nos setores relativamente menos atingidos pela crise e que teriam uma reação mais rápida ao contexto de imunização da população, a começar pela indústria de base tecnológica, além de comércio de alimentos, logística, negócios ‘pet’, oficinas e peças, construção, educação, saúde e bem-estar e serviços empresariais.
“Nossas projeções foram atualizadas e, como nesse curto prazo o programa de vacinação não acelerou o tanto que gostaríamos, as micro e pequenas empresas terão de buscar fôlego. Fazemos um alerta às autoridades e à sociedade, pois quanto mais rápido imunizarmos os brasileiros, mais rápida será a retomada dos pequenos negócios”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Meles.
Ainda de acordo com o estudo, outros setores da economia, pelas suas particularidades, retornariam mais lentamente ao estágio verificado antes do início da pandemia. É o caso dos segmentos de bares e restaurantes, artesanato e moda, que só retomariam esse nível de atividade em outubro, caso 100% das pessoas com mais de 25 anos esteja imunizadas nessa data.
Já o setor de beleza só alcançaria o estágio de faturamento equivalente ao pré-pandemia em meados de outubro. Segundo o estudo feito pelo Sebrae, os setores de turismo e economia criativa devem demorar ainda mais, voltando ao patamar de faturamento anterior à pandemia apenas em 2022, mesmo que 100% da população já tenha sido vacinada até dezembro desse ano.
* Com informações do Sebrae