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Telecom

WEG prepara piloto com 5G Standalone

A WEG apresentou os avanços do uso do 5G em ambiente real de produção em sua fábrica localizada em Jaraguá do Sul (SC). O projeto, batizado de “Open Lab WEG/V2COM”, além da parceria entre WEG e Claro, contou com a participação da Ericsson, Embratel, do hub de inovação beOn Claro, Qualcomm Technologies, Inc. e Motorola. O projeto-piloto  foi viabilizado a partir do Acordo de Cooperação Técnica assinado entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com o objetivo de testar a aplicação da tecnologia 5G em redes privativas para uso industrial.

Usando o espectro de frequências sub-6 em 3,5GHz, por meio de uma licença de uso científico concedida a Claro pela Anatel e 3GPP (Third Generation Collaboration Project), com a tecnologia 5G compatível com os padrões, casos de uso únicos e específicos foram implementados para atender os desafios da indústria 4.0 que exigem baixa latência e rede ultra confiável. Diferentes cenários da indústria 4.0 estão sendo testados para pequenas, médias e grandes empresas, e diferentes serviços com rede totalmente otimizada no cliente, em particular as funcionalidades de Network Slicing e Edge Computing.

Um dos objetivos da parceria é avaliar o desempenho de aplicações IoT e a conexão de dispositivos com a rede celular 5G, avaliando o throughput (velocidade de dados) e latência mais adequados a cada caso de uso. Também se está validando a faixa de frequência sub-6 (3.5 GHz) em testes de integração e interoperabilidade.

A solução, ofertada a partir de uma infraestrutura da Claro e da Embratel, possibilita ganho de escala e redução de investimentos, sem limitações em termos de capacidade.  Trata-se da primeira implementação 5G de Industria 4.0 com este tipo de abordagem no Brasil. Os elementos de rede operados estão analisando necessidades muito específicas e, a partir dos desafios identificados, apresentando soluções personalizadas, que nunca foram vistas antes.

Entre os casos de uso desenvolvidos no Open Lab WEG/V2COM estão aplicações nas áreas de IoT, robótica e smart devices, como coletores de dados para gestão integrada da fábrica por meio de sistema MES; automação de injetoras via controle remoto digital de parametrização e atividades; automação do controle de robôs de logística por rede 5G; robôs de inspeção para linha de produção automatizada, com transmissão de informações em tempo real, inspeção inteligente, com processamento em tempo real das imagens geradas pelas câmeras de visão computacional; e conexão de dispositivos via redes de comunicação para coleta de dados e gestão inteligente de máquinas.


Implementação faseada

Claro, Embratel e Ericsson estabeleceram diferentes topologias para a WEG, para serem entregues em três fases de projeto. Atualmente, o projeto está na fase 1, que usa serviço 5G non stand alone NSA suportado por infraestrutura provida com políticas de nível de serviço igual a de todos os clientes banda larga (APN e QoS) padrão da Claro.

Na fase 2, será disponibilizado serviço 5G NSA também suportado por infraestrutura provida pela operadora, porém com a introdução de mecanismos de diferenciação de serviços, fornecidos pela Embratel, tais como APN dedicada e níveis de QoS diferenciados para cada tipo de caso de uso a ser experimentado pela WEG.

E, na fase 3, ocorrerá a introdução do serviço 5G Standalone (5GSA) com infraestrutura parcialmente “dedicada”, utilizando os elementos de rede da operadora, com incorporação de uma instância de Core User Plane Function (UPF) próximo ao ambiente da fábrica para redução de latência. Sobretudo na Fase 3, a arquitetura 5GSA possibilitará a introdução de mecanismos e facilidades de Network Slicing para assegurar a experiência necessária para rodar os casos de uso de Industria 4.0.

O projeto demonstra o potencial das redes 5G implementadas e gerenciadas por uma operadora celular, disponibilizando dados para novos modelos de negócios, como “Rede 5G como Serviço”, que permite às empresas minimizar riscos e custos de implantação da tecnologia em plantas industriais e outros cenários. As operadoras e integradoras podem aproveitar o espectro licenciado, dedicando uma parte às indústrias em áreas onde o espectro não é totalmente utilizado e aproveitando a experiência na implantação e operação de redes móveis.

De acordo com a ABI Reasearch, haverá mais de 4 bilhões de dispositivos sem fio conectados nas fabricas inteligentes até 2030. Com capacidade de trafegar dados a altas taxas e latência abaixo de 10ms, o 5G é a principal tecnologia para digitalizar centros logísticos, conectar robôs e sensores, automatizar linhas de produção e tornar o ambiente mais produtivo e seguro aos trabalhadores.  E as redes celulares são ideais para os requisitos de comunicação essenciais para os negócios de fábricas, centros logísticos e outros setores corporativos, bem como para órgãos de segurança pública.

 

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