Opinião

Compliance e governança: uma discussão fundamental no Brasil

“Se você pensa que compliance é caro, tente não atendê-lo.” A frase é do o ex-Procurador Geral de Justiça americano Paul McNulty e ficou famosa nos Estados Unidos na batalha do convencimento das corporações sobre a importância da integridade nos processos.

Assim como no Brasil, em todo o mundo, casos de corrupção expõem a fragilidade das organizações e reforçam a relevância do investimento em ações e medidas na busca da integridade. Na Pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil – 3ª Edição, realizada pela KPMG, a preocupação com o tema no país mostra uma evolução nos últimos anos.

Conforme destaca o relatório, para além das questões regulatórias e legais, há um olhar que se amplia para as causas como ética, sustentabilidade, cultura corporativa, risco cibernético, gerenciamento de dados e informações de clientes, cadeia de suprimentos, entre outros diversos riscos emergentes.

Na primeira edição da Pesquisa realizada pela KPMG, em 2015, 19% das empresas afirmaram não ter a função de compliance em sua estrutura, contra 9% em 2017. Com relação ao fato de a governança e a cultura do compliance serem essenciais para o sucesso da estratégia, no levantamento mais recente, 59% responderam que sim e 9% que não – em 2015, 21% responderam não.

Uma medida importante na construção das políticas de Governança Corporativa está na criação de um Conselho de Administração. De acordo com a Endeavor, esse instrumento tem a função de manter, na tomada de decisões, o direcionamento estratégico dos negócios, de acordo com os principais interesses da organização como um todo, protegendo seu patrimônio e maximizando o retorno sobre seus investimentos.


Os números mostram a evolução da preocupação com o tema e, para além disso, uma visão de que a governança e o compliance é fundamental para a perpetuidade dos negócios. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, principalmente na adoção de novas medidas tecnológicas. As soluções informatizadas garantem um domínio em grande escala do controle de processos e a análise inteligente dos dados para tomada de decisão preventiva.

Na pesquisa da KPMG, 68% dos respondentes afirmaram que não conhecem ou não aproveitam a tecnologia para apoiar suas iniciativas de compliance. Outra razão importante para o investimento em soluções tecnológicas para suporte ao compliance à governança está no volume de obrigações regulatórias que as empresas precisam cumprir. Uma das obrigações legais diz respeito ao registro de atas e a transcrição de reuniões realizadas pelos Conselhos de Administração.

Atenta à essa necessidade, a Dígitro investiu em uma solução que representa um grande salto em termos de inteligência artificial. O UNA, nosso sistema de comunicação integrada de texto, vídeo e voz, vai permitir a gravação, a transcrição e a indexação de todo o conteúdo falado em suas salas de videoconferência.

Essa inovação surge a partir da gravação das salas de videoconferência e da integração do UNA ao Retextoar, uma solução na modalidade de software como serviço (SaaS) e On-premises que realiza a conversão de vídeo e áudio em texto. A nova atualização do UNA, que já está disponível ao mercado, vai permitir que todo o conteúdo conversado em videoconferência seja gravado. 

*Octávio Carradore é diretor de relações com o mercado da Dígitro Tecnologia

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