Inatel: Boas práticas fizeram a diferença depois do ataque ransomware

Cinco meses depois de ser vítima de um ataque cibernético que afetou sistemas do Instituto Nacional de Telecomunicações, o coordenador adjunto do Centro de Segurança Cibernética do Inatel, Guilherme Aquino, revelou que a experiência pra lá de desagradável também reforçou a política adotada na instituição. 

“Com esse ataque de ransomware, percebemos, ou evidenciamos, duas coisas que ficaram como aprendizado: a primeira, que as boas práticas funcionam – e vamos até tratar dessa experiência em um white paper; e a segunda foi a colaboração. Empresas de pequeno, médio e grande porte nos ofereceram ajuda”, disse Aquino ao participar nesta terça, 12/4, da Live “Sociedade Conectada e a Segurança Cibernética”, promovida pelo portal Convergência Digital e pela Dell Technologies.

“A gente sofreu esse ataque numa segunda feira, que era até feriado. E para nossa sorte, e pela competência da equipe, na terça feira 90% do Inatel já estava funcionando normalmente. E não tivemos problema de ataque secundário após isso. Graças a uma boa politica de backup, e no Inatel temos até backup físico de informações, tivemos uma recuperação rápida”, disse. 

Ele insistiu que a rede de colaboração mostra uma nova percepção do mercado. “O segundo aprendizado que ficou desse incidente é que se antes a vitima de ataque ficava estigmatizada, aconteceu o contrário. Várias empresas de pequeno, médio e grande porte ligaram para nós ,quando tornamos público o incidente, oferecendo ajuda. Isso foi impressionante. O mercado percebeu que está dividido entre as empresas que já sofreram incidente e as que ainda vão sofrer.”

Para Aquino, esse movimento demonstra a importância da segurança como algo em rede. “Tem uma mudança de mentalidade, a percepção de que o ataque cibernético vai acontecer em algum momento e que o lado bom precisa se organizar para combater o lado ruim.”